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300912 madid1Estado espanhol - Diário Liberdade - [Fonte da atualizaçom: Kaos en la Red, Traduçom do Diário Liberdade] Dezenas de milhares de pessoas voltárom a lotar a Praça de Neptuno em Madrid para pedir ao governo que demita, e em luita contra os cortes sociais e laborais que estám a assolar as classes trabalhadoras nos últimos dous anos e meio. A convocatória contou também com o apoio de vários milhares de pessoas em dezenas de cidades do Estado espanhol.


A concentraçom de Madrid foi mesmo mais concorrida que a de passado 25 de setembro, e começou com umha tentativa de censura a todo o tipo de imprensa por parte do Governo espanhol. O Governo, através da polícia e as diferentes instituiçons que controla diretamente (Cámara Municipal de Madrid e Delegaçom do Governo), tratou de evitar por todos os meios que se pudesse fazer umha acompanhamento ao vivo dos acontecimentos, pondo todo o tipo de travas aos diferentes meios de televisom, estatais e internacionais, que estavam presentes no local e que venhem acompanhando os protestos desde passada terça-feira.

Nom só nom deixárom instalar a infraestrutura necessária para realizar a emissons ao vivo, senom que ameaçárom os jornalistas presentes no local com multas e represálias se nom abandonavam a praça. Perante a negativa dos jornalistas, e em vista de que eram dezenas os meios que já tinham encontrado a maneira de emitir ao vivo, o governo tentou à meia tarde rebaixar o nível de censura, mas o escándalo era já conhecido em todo mundo.

Assim, a manifestaçom desenvolveu-se num ambiente acalmado durante toda a tarde e até bem entrada a noite. Os corpos repressivos do estado pareciam mais tranquilos que em outras ocasions, e quase nem houvo princípios de incidentes ou confrontos... até que a polícia mudou a sua atitude e se instalou novamente o caos.

A concentraçom decorria de maneira absolutamente pacífica, e só quando os polícias decidírom deter umha pessoa que simplesmente se tinha enfrentado verbalmente com eles para, segundo testemunhos, lhes pedir o número de identificaçom, a tensom começou a crescer. O resto de manifestantes exigírom a liberdade do detido enquanto os antidisturbios apanhavam os seus dispositivos de intervençom, capacetes, escudos e espingardas de bolas de borracha, além das cassetetes, e pouco a pouco fôrom posicionando-se na praça até iniciar as cargas. Mais umha vez, foi a polícia, por ordens expressas da Delegaçom do Governo, a responsável por gerar violência e caos em Madrid, em resposta a uma manifestaçom absolutamente pacífica.

300912 madid2As cargas espalhárom-se depois às ruas vizinhas e diversas testemunhas informam de que a polícia carregaria mesmo no interior de alguns bares, causando vários feridos. Nas imagens de televisom pudérom ver-se também algumhas pessoas detidas e, polo menos, um ferido que parecia apresentar gravidade, já que o SAMUR tivo que retirá-lo de Neptuno em estado inconsciente. A cifra de feridos e detidos ainda nom se conhece, mas todo aponta a que nom será tam elevada quanto na passada terça-feira, apesar do qual, segundo os presentes, o clima de caos, terror e violência imposto pola polícia foi similar ao do dito dia.

Antes de todos estes acontecimentos, a coordenadora 25S lia um manifesto com as razons e objetivos da mobilizaçom. A coordenadora 25S, organizadora da concentraçom, dava por desconvocado o ato uns minutos antes de que começassem as cargas policiais. A polícia ameaçara com carregar contra todos os presentes se às 00:00 nom estava desalojada a praça. Diante de tal ameaça, a coordenadora decidiu desconvocar o protesto e assim se anunciou aos presentes. O que apesar disso, ocorreu depois, principalmente a partir das 23:15 da noite, já o sabem...

Texto lido na Praça de Neptuno às 20h

"Passado 25S convocamos a cercar o Congresso dos Deputados para resgatar a soberania popular do sequestro realizado pola Troika e os mercados financeiros. Uma ocupaçom executada com o consentimento e a colaboraçom da maioria dos partidos políticos. Apesar das constantes ameaças, as manipulaçons mediáticas e a intensa campanha para infundir temor na populaçom, dezenas de milhares de pessoas fômos à cita e dixémos alto e claro que nom temos medo, que estamos juntas nisto e que nom nos vamos parar até que se demitam e se inicie um processo constituinte.

O governo respondeu-nos com golpes, infiltraçons, detençons, violência indiscriminada, feridos e um dispositivo policial absolutamente inédito. No entanto perdeu. As imagens da repressom dérom a volta ao mundo e a visita de Rajoi à ONU ficou completamente ensombrecida pola capacidade organizativa e comunicativa que demonstrámos. O debate sobre a legitimidade da açom do 25 abriu-se, e hoje toda a sociedade espanhola fala disso, debate, opina, toma posiçom. Iniciámos uma grande conversa e este é o caminho que queremos seguir.

Por muito que governo e meios de comunicaçom tratem de converter as nossas reivindicaçons num problema de ordem público, sair à rua a reivindicar direitos é fazer política, -manifestar-se é fazer política, tomar a palavra é fazer política.

Continuamos aprendendo. Hoje, 29 de setembro, as ruas voltárom a encher-se com milhares de pessoas que dizem basta e que querem acionar o travom a uma realidade que se está a voltar a cada vez mais insuportável. Ainda, hoje saímos para acompanhar e sentir-nos acompanhados pelos nossos irmáns e irmás portuguesas, gregas e italianas, rodeando o seu próprio parlamento. Os "porcos" som eles, nós somos o sul da Europa, e sem o sul da Europa, nom há Europa possível.

Seguimos rodeando o Congresso porque queremos dar um salto na mobilizaçom social e pôr no centro a recuperaçom da soberania e do poder cidadám, isso é, da democracia.

Neste ano e meio aprendémos a integrar, a pensar e atuar coletivamente, estabelecendo alianças imprevisíveis: marés de todas as cores tomando a cidade; vizinhos e vizinhas parando desalojos hipotecários, servidores públicos e servidoras públicas bloqueando ruas. Agora sabemos decifrar complexos conceitos económicos e legais, cuidar-nos e cuidar as demais, comunicar-nos melhor, gerir espaços de participaçom e discussom nas redes, as praças, e os centros de trabalho; rir-nos da violenta estupidez do poder, perante as que, a cada vez mais, resistimos em vez de correr.

Conseguimos alargar os métodos das velhas formas de luita, e levámos a cabo iniciativas que queremos continuar desenvolvendo desde abaixo, sem atalhos e passo após passo. Porque achamos que o tempo das decisons tomadas por uns poucos terminou; porque, em frente a quem quer deixar-nos sem futuro, temos os meios e a inteligência coletiva para decidir e construir a sociedade que queremos; porque nom precisamos falsos intermediários, senom recursos e ferramentas coletivas que fomentem ativamente a participaçom política de todas as pessoas nos assuntos comuns.

Continuamos rodeando o Congresso para dizer-lhes a quem dizem mandar-nos que nom, que desobedeceremos as suas imposiçons injustas, como a de pagar a sua dívida, e que defenderemos os direitos coletivos: a morada, a educaçom, a saúde, o emprego, a participaçom democrática, os rendimentos. Para iniciar um processo que permita que os responsáveis pela crise deixem de ser impunes, para que os pirómanos que provocaram a nossa crise nom sejam recompensados e comecem, em vez disso, a serem julgados.

Nem o governo de Zapatero, nem o de Rajoi nos escuitaram. Ambos traíram os seus próprios votantes executando medidas que prometeram que nunca tomariam. Nom obedecem os cidadans, nom tenhem a valentia nem interesse para o fazer. O governo Rajoi, portanto, nom nos serve e exigimos o seu despedimento.

Hoje apresentárom-se os orçamentos gerais do Estado para o ano que vem. Esses orçamentos som o resultado de uma reforma da Constituiçom executada a entre o PSOE e o PP sem que a cidadania pudesse dizer nada a respeito. Esses orçamentos dedicam bem mais dinheiro a pagar uma dívida ilegítima do que às necessidades sociais que podem articular uma saída coletiva da crise. Esses orçamentos som uma vergonha para a soberania nacional, para a democracia. E por isso temos que pará-los.

Queremos fazer um apelo a uma nova mobilizaçom quando os orçamentos se discutam no Parlamento. Queremos estar de novo aqui nesses dias para dizer-lhes que nom, que se acabou governar sem perguntar.

Exigimos também o cessamento da criminalizaçom, a liberdade da pessoa ainda detida e que se retirem todos os cargos imputados às outras companheiras que também foram vejadas e maltratadas em virtude de umas diligências intoleráveis num estado de direito. Que se abra uma investigaçom sobre a atuaçom policial durante o dia 25.

Nestes dias temos visto que podemos, se nos organizamo, se nos comunicamo, se usamos as nossas redes e infundimos confiança, calma, inteligência coletiva. Por isso propomos-vos que participardes na Coordenadora25S, nom só aqui em Madrid, senom em toda parte, que organizedes os vossos próprios nodos dessa rede, que fagades vossas as convocatórias. Estám a tirar-nos o pouco que ficava por defender. Fica absolutamente todo por construir.

Nom temos medo.
Os orçamentos da vergonha, vamos cercá-los.
Que vaiam embora.
Pode-se, sim."

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[27/09, 10:00 h] Segundo dia de mobilizaçons junta milhares em Madrid contra a repressom

270912 26S1Milhares de pessoas cercárom o Congresso dos Deputados polo segundo dia consecutivo.

A brutalidade policial do 25S, com repercussom internacional e somente justificada polo próprio governo espanhol do ultradireitista PP, foi contestada ontem por vários milhares de pessoas que acudírom à Praça de Neptuno, anexa ao Congresso dos Deputados, para se manifestarem.

A diferença do protesto de 25S, a concentraçom convocada para ontem às 19:00 nom contava com qualquer autorizaçom, de maneira que a convocatória convertiu-se num ato de desobediência civil coletivo cuja realizaçom fora decidida em assembleia no dia anterior. Repetírom-se os gritos de “Demissom, demissom” e “Isto se passa por um governo fascista”, entre muitos outros.

270912 26S2Os policiais tentárom manter a maré humana recluída nas margens da praça, para que continuasse o tránsito de veículos. Porém, a grande quantidade de manifestantes acabou por ultrapassar a polícia. Os fardados tentárom entom agredir as pessoas que acabavam de ocupar a faixa de circulaçom, mas fôrom rapidamente encurralados por vários centenares de pessoas que os expulsárom do local.

Apesar disso, os enfrentamentos com a polícia espanhola fôrom pontuais até a última hora. Assim, por volta da meia noite, de novo os infames antidistúrbios carregárom contra os já escassos manifestantes que ainda estavam em Neptuno. A atuaçom policial derivou em perseguiçons, golpes e novas agressons polas ruas de Madrid, nas que detivérom duas pessoas.

Tentativa de processo político às pessoas detidas no 25S

Um dos gritos mais presentes na segunda jornada de protestos na capital espanhola foi para reivindicar a liberdade das 35 pessoas detidas na sequência dos protestos do 25S, que também terminárom com 64 seres feridos (37 dos quais som pessoas e o resto polícias). O “Detidos/as liberdade” estivo presente desde o começo até o final da manifestaçom.

Esse detidos e detidas fôrom vítimas de umha acusaçom política do Ministério de Interior, acusadas de “delitos contra altos organismos da naçom”, e hoje declarárom na Audiência Nacional espanhola, descendente direta do Tribunal de Ordem Público franquista. Porém, a pretensom do governo espanhol foi de mais incluso para essa instituiçom, que acaba de despejar a sua responsabilidade nesse assunto. As pessoas detidas serám processadas noutra instituiçom por determinar.

Esse tribunal político também gerirá o processo ‘preventivo’ contra oito pessoas que fôrom acusadas por esses mesmos delitos dias antes de que se celebrasse o protesto.

Infiltrados policiais: governo consegue o efeito contrário

A cada minuto aparecem novas provas de que elementos que provocárom os enfrentamentos nas ruas de Madrid eram policiais infiltrados. Algumhas som tam claras, como o vídeo a seguir, que o caso mesmo foi levado ao parlamento espanhol pola Izquierda Plural. Ontem, os manifestantes voltárom descobrir vários polícias infiltrados com o rosto coberto, aos que expulsárom do protesto.

A ferramenta tem-se virado contra o próprio governo do Partido Popular, quem, com certeza, pretendia que as cenas violentas da terça-feira criminalizassem e tirassem adessom ao protesto. Em vez disso, a povoaçom clama contra a violência policial desmedida e a solidariedade e simpatia com o movimento tem aumentado, como demonstrou a assistência ao protesto espontâneo de ontem. Ainda, o governo espanhol vê danificada internacionalmente a sua imagem, com capas em jornais de todo o mundo dedicadas aos ataques policiais.

Apesar disso, o Partido Popular continua a justificar a desproporcionada atuaçom policial (chegárom a entrar numha estaçom de comboios e agredir viageiros/as que nada tinham a ver com os protestos) que ontem classificárom de “excelente e proporcionada” nas palavras do Ministro do Interior.

Entretanto, Mariano Rajoi nom se librou dos protestos, apesar de estar nos EUA. Na sua estadia em Nova Iorque foi recebido por dous grupos de manifestantes: uns contra os cortes neoliberais e outro pola independência da Catalunha. O whisky e o rodavalho de luxo que toma nas suas viagens ficariam, com certeza, atravessados na garganta de Mariano.

Sábado mais

O protesto de ontem foi umha iniciativa espontânea das assembleias do 25S, mas juntou milhares. Porém, espera-se que a assistência deste sábado, dia para o que se convocou um novo “Cerca o Congresso” seja polo menos tam massiva quanto a do 25S. Para esse dia, está previsto cercar de novo o Congresso dos Deputados espanhol em Madrid.

Fotos: El País - 1, Manifestaçom do 26S. 2, Policiais som cercados por manifestantes após tentarem agredir as pessoas concentradas.

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[25/09, 23:07] Regime espanhol responde com violência policial às reivindicaçons da grande mobilizaçom do 25S

detencomUmha grande mobilizaçom de milhares de pessoas tomou ontem as redondezas do Congresso dos Deputados espanhol, com o objetivo de se manter no local até provocar a demissom do governo de Rajoi.

Como parte do movimento "indignado" que nos últimos anos vem mobilizando-se no Estado espanhol contra os cortes sociais e laborais dos governos, ontem milhares de pessoas tomárom o centro de Madrid com a intençom de rodear o Congresso dos Deputados. Os gritos de "Demissom, demissom" e "Televisom, manipulaçom" dividírom tempo com outros cantos como "Menos polícia e mais educaçom" ou "O povo unido jamais será vencido".

A resposta do governo à tentativa "indignada" foi brutal: violência policial desbocada das Unidades de Intervençom Policial (UIP), que provocou dúzias de feridos e detidos, apesar da insistência com que os manifestantes reivindicavam o seu "pacifismo". Umha das pessoas feridas sofreu umha lesom medular e, segundo informaçons do serviço médico regional, terá ficado parapléxica -ver foto número 3. Sem confirmar polo enquanto, a vítima poderá ser um jornalista.

Nom surpreendem os excessos policiais a quem acompanhava as informaçons dos dias prévios. O Estado espanhol chegou a imputar oito pessoas por "delitos contra altos organismos da naçom" na sequência da preparaçom da manifestaçom (que era autorizada), isso é: antes de que esses delitos pudessem acontecer. A polícia também detivo, em dias anteriores, um grupo de pessoas por circularem com umha faixa polas ruas madrilenas.

Mas por se nom for suficiente emular o filme 'Minority Report', a polícia espanhola continuou a sua tarefa de repressom preventiva nas horas e minutos anteriores ao gigantesco protesto de Madrid, detendo autocarros que levavam manifestantes à cidade para identificar a todos e todas as ocupantes.

Vídeo-crónica

Na vídeo-crónica a seguir, feita por um jornalista, vê-se a brutalidade policial em estado puro, que é às duras penas respondida polos manifestantes. No final da jornada, os policiais nom duvidam em entrar numha estaçom de comboios e, diretamente, atacar indiscriminadamente passageiros e passageiras. No cúmio da repressom, atacam e ameaçam as e os jornalistas e danificam os seus úteis de trabalho. A nom perder:

A verdadeira "Marca Espanha"

260912 neptunoBolas de borracha, porradas, pontapés... as agressons policiais fôrom tam desproporcionadas como impunes, protagonizadas por elementos que, em alguns casos, riscaram previamente o seu número de identificaçom do uniforme para assim manter o seu anonimato de maneira ilegal. O Secretário Geral doSindicato Unificado da Polícia (SUP, esse que desde faz pouco começa a  aperecer misturado entre as pessoas para se manifestar contra os cortes que começam a atingir o corpo) justificou esse facto: "Nom as levam [as identificaçons] e apoiamos que nom as levem perante organizaçons violentas. Canha e ponto!".

Calcula-se em 1.300 os número de fardados armados para reprimir o direito de manifestaçom na capital espanhola, incluindo 52 grupos operativos, além de numerosos polícias inflitrados entre os próprios manifestantes, que protagonizárom várias das mais de 20 detençons registadas ao longo da tarde de ontem.

Mais de 64 pessoas tivérom que ser atendidas de ferimentos de diversa consideraçom, numha jornada que passará à história da infámia repressiva espanhola, de longa trajetória.

Em definitivo, assistimos à apresentaçom internacional, através da internet e dos meios de comunicaçom de todo o mundo, da "Marca Espanha" aque diferentes membros do governo de Rajoi aludírom nos últimos dias, em referência à necessidade de exportar umha imagem "adequada" desse país um momento de grave falência do sistema.

feridoA estratégia repressiva conseguiu separar em grupos cada vez menores e mais dispersos a grande mobilizaçom inicial, realizando cargas violentas em diferentes pontos da cidade até que passada a meia-noite ficavam já pucas pessoas na praça de Neptuno, epicentro da jornada. Permanecérom lá por algum tempo mais até abandonar o local poucos minutos depois da 1:00 hora.

A media ao serviço do capital nom tivo nengum reparo em admitir ao longo da jornada  que as cargas respondérom, maioritariamente, à 'necessidade' de desalojar o grupo de manifestantes das praças públicas, e nom a qualquer atitude violenta.

Com 25% de desemprego, em plena recessom, PIB em queda livre e um resgate pendente das eleiçons bascas e galegas, o Estado espanhol continua a registar grandes manifestaçons que até agora nom passam do espontaneísmo sem horizonte estratégico de caráter político para além do "Governo demissom".

Haverá que ver se o movimento vai madurecendo e poltizando-se ao ritmo que é golpeado pola repressom direta da polícia e pola manipulaçom constante e descarada dos meios de comunicaçom, todos em maos do grande capital.

Manifestaçom pacífica... mas que respondeu

Umha das principais caraterísticas que o movimento indignado mostra com orgulho é o caráter pacífico das suas intervençons. Ontem nom foi umha excepçom, embora os e as manifestantes usárom açom física para evitar os paus da selvagem polícia espanhola e detençons de pessoas que exerciam o seu direito de manifestaçom pacífico. Em momentos muito pontuais houvo lançamento de objetos e mesmo enfrentamento direto, como podemos ver no vídeo a seguir (minuto 1:57), no que um polícia recebe vários pontapés e contundentes socos de manifestantes em resposta ao seu cacete, quando tenta deter um manifestante pacífico: a defesa própria é um componente novedoso nas manifestaçons dos e das indignadas (ver minuto 1:57), que contodo mantivérom um perfil de resposta baixíssimo comparado com a brutalidade policial.

"Deixade-me, sou companheiro!": Clamor pola responsabilidade de polícias infiltrados nos distúrbios

As agressons com as que a polícia justificou inicialmente a sua intervençom tenhem sido atribuídas por manifestantes presentes no loca, a elementos provocadores infiltrados pola própria polícia. As provas? Jovens encarapuchados que primeiro batem com paus a polícia (momento inicial do vídeo anterior) e pouco depois... ajudam-na com a detençom de manifestantes! (minuto 2:58 do vídeo anterior).

Outros vídeos som ainda mais explícitos, como este no que umha pessoa detida grita aos policiais "Sou companheiro, sou companheiro" até que eles um dá a ordem: "Este é companheiro, deixade-o" e entom é libertado.

O clamor polos infiltrados espalha-se a grande velocidade, dando-se por feito o seu envolvimento nas provocaçons que dérom origem à intervençom policial violenta e, aí sim, à resposta física dos e das manifestantes. "Cifuentes [Delegada do Governo espanhol em Madrid] diz que na manifestaçom havia 6.000 pessoas porque as demais eram polícias infiltrados", brincam nas redes sociais. É difícil propor outra tese perante as provas a cada vez mais numerosas.

Outras cidades do Estado espanhol

260912 manifacomposMuito longe dos fortes confrontos nas ruas de Madrid, várias cidades de diferentes pontos do Estado espanhol registárom manifestaçons de centos de pessoas. Foi o caso de Barcelona e Valência (Países Catalans), Sevilla (Andaluzia) ou Compostela (Galiza), por citar algumhas das mais salientáveis.

Os muitos milhares de Madrid fôrom convertidos no início do bloqueio do Congresso nuns ridículos 6.000 pola Delegaçom do Governo. Esse foi o dado que os meios comerciais repetírom durante as primeiras horas sem nem o questionar, apesar de que as imagens da TV dificilmente permitiam manter esse número. Temos de agradecer, portanto, a todos esses meios que demonstrassem abertamente qual é o seu comportamento jornalístico.

#Volvemos26S

A assembleia de ontem decidiu voltar hoje às 19:00 horas ao Congresso dos Deputados.

Fotos: 1, 2 e 3 - Fotos da manifestaçom e a repressom em Madrid. Foto 4: Manifestaçom em Compostela (Galiza), enviada ao Diário Liberdade por um manifestante.

 

 


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