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leninPolónia - Diário Liberdade - [Alejandro Acosta] A tônica geral dos países da Europa Oriental sempre foi a impossibilidade de colocar a economia num funcionamento relativamente estável. O esforço de reconstrução foi uma tarefa titânica.


Foto: rizobreaker (CC BY 2.0)

Revolução na Alemanha?

A propaganda imperialista apresentou as greves de 1980 na Polônia, assim com a Glasnost, a Perestroika e a queda da União Soviética, como a "vitória definitiva do capitalismo e da democracia sobre o comunismo". Na realidade, os países da Europa Oriental nunca tiveram governos operários no poder, nem conseguiram implementar medidas como a estatização da agricultura. A exceção foram a Iugoslávia e a Albânia, os únicos países da região que não foram libertados, pelo Exército Vermelho, do nazismo.

A tônica geral dos países da Europa Oriental sempre foi a impossibilidade de colocar a economia num funcionamento relativamente estável. O esforço de reconstrução foi uma tarefa titânica.

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Após 1945, a Europa estava no chão. Todas as principais cidades tinham sido destruídas. Em 1948, para enfrentar a ofensiva do imperialismo, a União Soviética rompeu o compromisso com a "democracia" e ilegalizou ou incorporou todos os partidos burgueses a partidos unificados que passaram a ser controlados diretamente por Moscou.

Em 1953, estouraram greves operárias em Berlim. Na base, estavam reinvindicações econômicas. Condições de trabalho ruins, carestia da vida e aumento da inflação. No mesmo ano, morreu Stalin e subiu Kruschev, que tentou jogar a culpa sobre os problemas econômicos no próprio Joseph Stalin. Essa se tornou a política oficial após o XX Congresso de 1956.

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Em 1956, estouraram greves operárias em Poznan, na Polônia, da mesma maneira que tinham estourado em Berlim em 1953. No mesmo ano, aconteceu uma revolução na Hungria onde a direita e o imperialismo não tardaram em controlar a direção. Os soviéticos mantiveram o controle com os tanques, mas não conseguiram colocar em funcionamento a economia.

Pela revolução proletária mundial

A ficção do "socialismo num só país", com vizinhos imperialistas bem comportados e democráticos, sobre a direção de uma camada burocrática, adquiriu na Europa Oriental de maneira muito clara. Na Hungria, por exemplo, nunca houve nada, nem de perto, parecido com a União Soviética; em 1962, as fronteiras com a Áustria foram abertas.

Na década de 1970, a União Soviética e os países da Europa Oriental pegaram gigantescos empréstimos, da mesma maneira que o fizeram os países latino-americanos. Esses recursos foram usados para manter o abastecimento de produtos básicos e dar uma certa estabilidade à economia. A dívida da Polônia, no final da década de 1970, alcançou US$ 14 bilhões. Situações similares aconteceram nos demais países.

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Portanto, a queda da União Soviética e do bloco soviético no geral não representou, de forma alguma, "a vitória do capitalismo sobre o comunismo", mas a bancarrota dos países mais fracos no elo da cadeia do capitalismo mundial. Ainda mais, nesses países nunca houve socialismo. Para isso acontecer é preciso que a revolução socialista (que implica na expropriação do capital pelos trabalhadores) aconteça nos países avançados e que o país capitalista mais desenvolvido seja superado historicamente. Na União Soviética, além dos problemas conhecidos, a produtividade per capita do trabalho nunca passou de um terço do que era nos Estados Unidos. E é justamente isso que está colocado nesta etapa histórica.

O colapso capitalista de 2008 mostrou que não havia qualquer vitória definitiva do capitalismo e da "democracia". A Lei Patriótica, aprovada em 2001 pelo governo de George Bush Jr, as "leis antiterroristas" que inspirou em todo o mundo, as revelações do ex-agente da CIA Brian Manning, as revelações do ex-agente da CIA e da NSA Edward Snowden, as invasões do Iraque e do Afeganistão, os golpes de estado no Egito, na Ucrânia e na Tailândia. Todos esses acontecimentos, assim como muitos outros, revelam que não há nenhuma democracia no mundo, mas que impera uma brutal ditadura contra a esmagadora maioria da população.

Para o próximo período está previsto um colapso capitalista de proporções ainda maiores que todos os anteriores. Este é o motor que acordará a classe operária.

Alejandro Acosta está atualmente no Leste Europeu acompanhando os acontecimentos geopolíticos na região como jornalista independente.


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