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petroPolónia - Diário Liberdade - [Alejandro Acosta] A Polônia, apesar da forte dependência econômica da Alemanha, tem a possibilidade de bloquear a tentativa alemã de avançar em direção à federalização da União Europeia, ou seja, ao aumento dos controles no contexto do aprofundamento da crise capitalista.


Petro Poroshenko, presidente da Ucrânia, discursa em seção conjunta do Congresso dos EUA, em setembro de 2014. Foto: Heather Reed (CC BY-NC-ND 2.0)

O que busca a extrema-direita na Ucrânia?

A eleição de Andrzej Duda pode representar o aumento das contradições com a Alemanha. Um distanciamento das relações desenvolvidas pelo ex-primeiro-ministro Donald Tusk e, ao mesmo tempo, uma aproximação com os Estados Unidos, em primeiro lugar, com o Partido Republicano, que já domina as duas Câmaras do Congresso e que, provavelmente, vencerá as próximas eleições presidenciais, que serão realizadas em 2016.

Leia também: Polônia: a chave do "milagre" alemão (Parte I)

Mas a extrema-direita não controla o governo. Para isso, precisará vencer as eleições parlamentares programadas para o final deste ano. Será o confronto de duas políticas, que têm por trás setores diferenciados do imperialismo. Por um lado, a política predominante da União Europeia e da Administração Obama busca o acordo com a Rússia, a distensão e o "favorecimento dos negócios".

Por outro lado, a extrema-direita busca uma saída militar para o conflito. E não somente para o conflito na Ucrânia, mas para a crise no geral. Essa política representa o aumento do escoamento da produção de armas e o sufocamento pela força das tendências à insurreição das massas, que estão sendo atingidas, cada vez mais pelo aprofundamento da crise. Qual política irá se impor é uma das questões. Mas a questão mais importante é até que ponto a política vencedora conseguirá estabilizar a crise.

Para o próximo ano, está previsto um colapso econômico de larguíssimas proporções. Muito maior que o de 2008. Segundo o economista norte-americano Nouriel Roubini, que, em 2006, tinha previsto, em detalhes, a crise de 2008, neste ano predominará a aparência de uma certa abundância, por causa do aumento do crédito, impulsionado pelos enormes volumes de capital fictício repassados pelos bancos centrais aos monopólios. Em 2016, a mãe de todas as bolhas deverá implodir a economia mundial. Sobre esta base, e com a crise tendo atingido o coração do capitalismo mundial, o descontentamento social e uma nova onda de ascensão da classe operária são inevitáveis.

A Ucrânia se encontra na linha de frente da crise política mundial, da mesma maneira que acontece com a Grécia e o Oriente Médio. Mas a Ucrânia se encontra localizada nas barbas do coração do capitalismo europeu. O potencial de contágio é gigantesco.

Alejandro Acosta está atualmente na Rússia acompanhando os acontecimentos geopolíticos na região como jornalista independente.


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