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190412 escolafontinhaPortugal - Esquerda - Várias dezenas de agentes policiais encapuzados entraram esta manhã nas instalações da antiga escola da Fontinha, no Porto, para despejar os ativistas do projeto Es.Col.A, que trabalhavam com os moradores do Alto da Fontinha para voltar a dar vida à escola abandonada pela Câmara Municipal.


O despejo já era esperado pelos ativistas, que denunciaram ser essa a intenção de Rui Rio, quando ouviram a proposta da Câmara Municipal para assinarem um contrato de aluguer do espaço com fim em junho. Os ativistas ocuparam a escola em abril do ano passado e desde então têm desenvolvido atividades culturais e educativas envolvendo as crianças e a população do bairro, que tem dado o seu apoio aos jovens que transformaram um edifício em estado de degradação contínua num espaço vivo e com atividades ao dispor de todos.

Na manhã desta quarta-feira, o aparato policial no Alto da Fontinha confirmou as piores expetativas da população do bairro. Dezenas de agentes entraram à força na escola e segundo o relato recolhido junto duma participante, foram detidos três ativistas. Outros relatos dão conta de agressões às poucas dezenas de pessoas que se encontravam no edifício, incluindo o uso de tasers por parte dos agentes que revistaram os ativistas à força antes de os arrastarem para a rua. O bairro ficou cercado por carrinhas da polícia e a população segue os acontecimentos no local.

O próximo passo do protesto deverá levar os ativistas e moradores do Alto da Fontinha até à Câmara Municipal para fazerem ouvir a sua voz contra este despejo. O Bloco de Esquerda/Porto já condenou o despejo policial e alguns dirigentes dirigiram-se à escola da Fontinha para manifestarem a solidariedade com os ativistas e a população do bairro. "Na Fontinha, a população fez o que a Câmara devia ter feito: recuperou o espaço de uma escola abandonada e dinamizou atividades com a comunidade, do apoio educativo às crianças até oficinas artísticas", diz o comunicado do Bloco/Porto, que acusa Rui Rio de só conseguir dialogar "com experiências comunitárias e culturais autónomas através da repressão policial desproporcionada". O grupo parlamentar bloquista também já manifestou a intenção de questionar o Governo sobre o sucedido e a deputada Catarina Martins estará no Porto esta tarde junto dos ativistas.

Quando Rui Rio mandou despejar a Es.Col.A pela primeira vez, poucas semanas após a ocupação, formou-se um movimento de solidariedade com aquele projeto e contra o abandono a que o município vota o património público da cidade, o que obrigou a Câmara a negociar com os ativistas e a suspender o despejo e a prometer paz aos ativistas. Mas as repetidas promessas de uma solução duradoura foram sendo quebradas, até à apresentação duma proposta inegociável que na prática assinava a sentença de morte daquele projeto no próximo mês de junho.

"Não há diálogo possível com quem acha que as conversas se começam com operações policiais ou ameaças de despejo. Nem vontade de aproximação com instituições que acham que utilizam a mentira, amplificada nas televisões de todo o país, para defender a sua própria incompetência", alertaram os ativistas num comunicado publicado no blog da Es.Col.A

Foto: Gui Castro Felga


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