O ministro diz mesmo que há um desfasamento do pessoal afecto ao ISS, face às necessidades permanentes”, ou seja, que há gente a mais na Segurança Social (notícia aqui).

Sabendo que há centenas de pessoas desempregadas que foram obrigadas a trabalhar no call-center da Segurança Social sem receber ordenado (notícia aqui), percebe-se que Mota Soares quer continuar a substituir pessoas empregadas por desempregados a quem não tem de pagar nada. Bom truque, excepto para as pessoas.

Mas o ministro insiste e diz “absolutamente ninguém será despedido na Segurança Social. Esse ponto é essencial”, mas o que não diz é que o programa de “requalificação” é uma via rápida para o desemprego, porque no primeiro ano os trabalhadores afectados só recebem 51,4% do salário e a partir daí 34,2% (notícia aqui e Lei aqui). Quem foi admitido depois de 2009 é simplesmente despedido depois do primeiro ano.

Mota Soares chegou mesmo a dizer que era “uma oportunidade” para estas 700 pessoas.