O gabinete de estatística europeu Eurostat revelou hoje os números do desemprego e, mais uma vez, Portugal continua a somar desemprego. Atualmente, são 945 mil as pessoas que se encontram oficialmente sem emprego, o que corresponde a uma taxa de 17,8%. Refira-se que, a estes números há que acrescentar o desemprego invisível, a precariedade, o emprego flutuante e outros fenómenos laborais decorrentes da precarização; neste cenário, o número de desempregados é manifestamente muito superior a 1 milhão de pessoas!
Relativamente à população jovem com menos de 25 anos, a taxa de desemprego encontra-se neste momento nos 42,5%, representando cerca de 108 mil pessoas.
A destruição de emprego tem vindo a aumentar drasticamente, colocando Portugal no pódio dos países com mais desemprego na Europa a 27: em primeiro lugar encontra-se a Grécia com 27%, em segundo está a Espanha com 26,8% e em terceiro lugar encontra-se Portugal, com 17,8%.
Os números do desemprego não significam apenas números; muito pelo contrário, eles correspondem a vidas, a pessoas, a famílias, a projetos de vida adiados, a famílias afastadas, a emigração forçada. O desemprego é uma tragédia social mas um objetivo na agenda do Governo e da troika uma vez que, quão mais elevado ele for, mais fácil é destruir a coesão social entre trabalhadores, mais fácil é destruir os direitos laborais, mais fácil é baixar o preço do trabalho.