Segundo a edição online do jornal a aquisição de produtos financeiros, designados por swaps, "abriram um buraco que ascende a mais de 800 milhões de euros nas contas da transportadora. O mesmo tipo de contratos foi usado em 14 outras empresas do Estado".
O até então Secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional, Braga Lino, que será substituído no cargo por Berta Cabral, ex-candidata presidencial do PSD/Açores, foi um dos responsáveis pela contratação destes produtos de risco na empresa pública Metro do Porto, onde ocupou o cargo de diretor administrativo e financeiro entre 2006 e 2011.
Os quinze swaps da Metro do Porto, foram contratados entre 2003 e 2009 e a negociação com os bancos era feita pela direção financeira, pelouro que Braga Lino dividia com Mário Coutinho dos Santos, atual diretor da Efacec nos EUA, avança o diário.
Apesar da celebração destes contratos de cobertura ser uma responsabilidade dos cargos hierarquicamente superiores, quem lhes dá seguimento num primeiro nível é a comissão executiva da empresa pública. Na altura, o até então Secretário de Estado Adjunto da Administração Interna, Juvenal Silva Peneda, era um dos membros deste órgão.
O “Público” informa ainda que Silva Peneda foi administrador executivo da empresa entre 2004 e 2008. Foi ainda presidente da STCP (2003 a 2006), outra empresa transportadora do Estado que até setembro de 2012 tinha dois swaps ativos com potenciais perdas avaliadas em 107,2 milhões de euros.