António Avelãs, presidente do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SPGL), sublinha também que a manifestação visa denunciar os cortes salariais e dos subsídios e combater o colossal aumento de impostos que atinge todos os portugueses.
O presidente frisa que esta manifestação é ainda contra a crescente ameaça de desemprego "que recai não só sobre os professores contratados, mas também sobre os professores do quadro", que "existe no ensino não superior e no ensino superior", atravessando todos os setores de ensino. Salienta ainda que espera uma "grande participação dos trabalhadores de todos os graus de ensino, incluindo dos setores particular e cooperativo".
Na entrevista, António Avelãs aborda também a ameaça de despedimento de 50 mil professores, feita no recente relatório do FMI, destacando que uma Escola Pública com menos 50 mil professores "não é uma escola pública de qualidade", considerando que "uma escola pública que não seja de qualidade é uma fraude".
O presidente do SPGL critica ainda os mega-agrupamentos, " que chegam a ter 4.000 alunos, o que é o contrário das indicações internacionais" e defende que uma Escola Pública de qualidade é "uma exigência democrática".