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290812 troikaPortugal - ACP-PI - No dia em que chega mais uma missão da troika a Portugal, um grupo de pessoas convoca um processo de mobilização e manifestação para o próximo dia 15 de Setembro, em Lisboa. A manifestação partirá da Praça José Fontana e deslocar-se-á à representação permanente da troika em Lisboa, na Avenida da República. O texto do apelo refere-se à situação actual de degradação generalizada da sociedade em Portugal, da necessidade de reagirmos antes que seja tarde de mais e de fazermos algo de extraordinário para mudar de rumo.


O apelo é lançado para Lisboa, coincidindo com o mesmo dia em que se realizará uma manifestação em Madrid contra os cortes na qualidade de vida, a austeridade e o novo código laboral em Espanha.
 
O texto é subscrito por um conjunto alargado de pessoas, desde desempregadas a médicos, atrizes, músicos, compositores, activistas políticos, jornalistas, professores, que se reúne para colocar em evidência aquilo que interpreta como a raíz actual dos grandes problemas que afectam a nossa sociedade: a troika e a austeridade. Segue o texto da convocatória:
 
Que se lixe a troika, queremos as nossas vidas 
 
É preciso fazer qualquer coisa de extraordinário. É preciso tomar as ruas e as praças das cidades, das nossas cidades e dos nossos campos. Juntar as vozes, as mãos. Este silêncio mata-nos. O ruído do sistema mediático dominante ecoa no silêncio, reproduz o silêncio, tece redes de mentiras que nos adormecem e aniquilam o desejo. É preciso fazer qualquer coisa contra a submissão e a resignação, contra o afunilamento das ideias, contra a morte da vontade colectiva. É preciso convocar de novo as vozes, os braços e as pernas de todas e todos os que sabem que nas ruas se decide o presente e o futuro. É preciso vencer o medo que habilmente foi disseminado e, de uma vez por todas, perceber que já quase nada temos a perder e que o dia chegará de já tudo termos perdido porque nos calámos e, sós, desistimos. 
 
O saque (empréstimo, ajuda, resgate, nomes que lhe vão dando consoante a mentira que nos querem contar) chegou e com ele a aplicação de medidas políticas devastadoras que implicam o aumento exponencial do desemprego, da precariedade, da pobreza e das desigualdades sociais, a venda da maioria dos activos do Estado, os cortes compulsivos na segurança social, na educação, na saúde (que se pretende privatizar acabando com o SNS), na cultura e em todos os serviços públicos que servem as populações, para que todo o dinheiro seja canalizado para pagar e enriquecer quem especula sobre as dívidas soberanas. Depois de mais um ano de austeridade sob intervenção externa, as nossas perspectivas, as perspectivas da maioria das pessoas que vivem em Portugal, são cada vez piores. 
 
A austeridade que nos impõem e que nos destrói a dignidade e a vida não funciona e destrói a democracia. Quem se resigna a governar sob o memorando da troika entrega os instrumentos fundamentais para a gestão do país nas mãos dos especuladores e dos tecnocratas, aplicando um modelo económico que se baseia na lei da selva, do mais forte, desprezando os nossos interesses enquanto sociedade, as nossas condições de vida, a nossa dignidade. 
 
Grécia, Espanha, Itália, Irlanda, Portugal, países reféns da Troika e da especulação financeira, perdem a soberania e empobrecem, assim como todos os países a quem se impõe este regime de austeridade. 
 
Contra a inevitabilidade desta morte imposta e anunciada é preciso fazer qualquer coisa de extraordinário. 
 
É necessário construir alternativas, passo a passo, que partam da mobilização das populações destes países e que cidadãs e cidadãos gregos, espanhóis, italianos, irlandeses, portugueses e todas as pessoas se juntem, concertando acções, lutando pelas suas vidas e unindo as suas vozes. 
 
Se nos querem vergar e forçar a aceitar o desemprego, a precariedade e a desigualdade como modo de vida, responderemos com a força da democracia, da liberdade, da mobilização e da luta. Queremos tomar nas nossas mãos as decisões do presente para construir um futuro. 
 
Este é um apelo de um grupo de cidadãos e cidadãs de várias áreas de intervenção e quadrantes políticos. Dirigimo-nos a todas as pessoas, colectivos, movimentos, associações, organizações não-governamentais, sindicatos, organizações políticas e partidárias, que concordem com as bases deste apelo para que se juntem na rua no dia 15 de Setembro. 
 
Dividiram-nos para nos oprimir. Juntemo-nos para nos libertarmos! 
 
Ana Carla Gonçalves, Ana Nicolau, António Costa Santos, António Pinho Vargas, Belandina Vaz, Bruno Neto, Chullage, Diana Póvoas, Fabíola Cardoso, Frederico Aleixo, Helena Pato, Joana Manuel, João Camargo, Luís Bernardo, Magda Alves, Magdala Gusmão, Marco Marques, Margarida Vale Gato, Mariana Avelãs, Myriam Zaluar, Nuno Ramos de Almeida, Paula Marques, Paulo Raposo, Ricardo Morte, Rita Veloso, Rui Franco, Sandra Monteiro, São José Lapa, Tiago Rodrigues.
 
 
Foto: ACP-PI

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