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Séchu Sende

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Viagem ao Kurdistám: Crónica com marcador

Séchu Sende - Publicado: Quarta, 01 Dezembro 2010 01:00

 

Séchu Sende

Convidados pola Editorial Avesta, viajamos a Turquia e o Kurdistam para apresentar as traduçons do Made in Galiza ao kurdo e ao turco.


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Levavamos com nós um exemplar do manual de língua kurda que, editado polo Concelho de Compostela em 2005, foi enviado ás académias kurdas. Os 2.000 exemplares publicados forom incautados na alfándega polas autoridades turcas e nunca chegarom aos seus destinatários. O exemplar que levavamos com nós era um supervivente.

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Umha viagem longa... para conhecer umha língua irmá.

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Istambul, Galatasaray, Torre Gálata. No cimo da torre vive Miguel de Lira.

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Para fazer-se entender, nada como as línguas próprias dos povos... No Kurdistam, numha situaçom de censura e represiom lingüística, cultural e política gravíssima, os kurdos e kurdas agradecem com grandes sorrisos, e sorpresa, que intentes falar na sua língua. Pola contra, algumha gente de traxe e gravata enfurrunhava-se quando saudavamos em kurdo.

Irfan acabando de traduzir a conferéncia para a Feira do Livro de Istambul.

Quando chegamos ao Kurdistam perguntei-lhe:

- Oes, Irfan, e aqui a gente nova junta-se para fazer algo parecido ao botelhom?

- Umm... si. Juntam-se para fazer cockteis molotov.

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Muito picante...

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E chais todo o dia...

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Numha ferrancheria no Kurdistam mercamos um péndulo... por se acaso fosse necesário hipnotizar alguém. Método de hipnose para falar idiomas... Lástima que nom me poda hipnotizar a mim mesmo!

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Um burro em Mardim.

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No hotel havia um home mui grande. Ao dia seguinte apareceu um anano.

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Neste hotel roubei umha culherinha. Porque quando saudavamos em kurdo se enfurrunhavam.

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Mulher, alfombras, mediodia em Midyat.

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Em Midyat, chais num antigo caravansar.

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Em Hasankeyf, umha ponte sobre o rio Tigris, na antiga Mesopotámia. Um camareiro árabe dixo-nos que Amed/Diyarbakir "is a city full of crazy kurds". Um exemplo dos prejuíços contra os kurdos.

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Chegando á cidade de Batman, -si, a cidade chama-se Batman- atopamos na verma da estrada um home que vendia animais desecados: castrons, puchinhos, ovelhas, coelhos... Puchinhos desecados! Um taxidermista de animais de granja. Deu-nos o seu bilhete de apresentaçom, com orgulho toureiro.

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Sonhando em kurdo, com as letras proibidas, Q W X.

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Sempre viajamos com Pippi Langstrumpf.

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Em kurdo kurmanci tenhem 18 nomes para nomear os diferentes tipos de bigotes!!!

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E mais de dez nomes para os distintos tipos de nariz...

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Pouco despois de escoitar KeÇa Kurdan pugemo-os a bailar agarrados polo dedo meiminho.

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Irfan agasalhou a Estrela com umha boneca que fala, que canta e baila em kurdo! Chamamos-lhe Sterik, Estrelinha.

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E aqui está Sterik a dicer: Eu nunca serei yo, Eu, em Kurdo. Yo, em turco.

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O seu nome significa Nom Guerra. Terá uns doce anos. Fixemos-lhe umha entrevista sobre a língua kurda que nunca esquecerei.

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Um dos grandes poetas daquelas terras. Perguntou-me algo que nom soubem responder. Aínda nom sei a resposta.

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Abdullah Demirbas é o alcalde de Amed, um milhom de habitantes. Saiu eligido por quase o 70 % dos votos, liderando o partido independentista kurdo. No seu anterior mandato fora inhabilitado e encarcerado por editar uns folhetos em língua kurda. Actualmente deveria estar na prisiom, como mais de 150 alcaldes e concelheir@s kurd@s, mas está fora por motivos de saúde.

Por iniciativa do BNG, Compostela e Amed som cidades irmandadas.

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Control militar na estrada. Fixem o desenho pola cámara de vídeo, com o zoom.

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Em cada vila, em cada cidade, quase em cada aldeia, um acampamento militar no cimo dos outeiros. Nom podem faltar as letras gigantes do nacionalismo turco: Once Vatan, A pátria primeiro.

Os helicópteros que intentei desenhar saiam-me movidos.

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Tirei este desenho dumha foto do jornal kurdo. É umha cadea de presos. Som 150 políticos kurdos indo a declarar ao julgado, esposados e escoltados pola policia. Cada vez que declaram ante o juíz falam kurdo e o juíz di nom reconhecer essa língua e voltam á prisiom. O sábado 13 passamos por diante do julgado em quanto tinha lugar umha destas comparecéncias. Milheiros de persoas manifestavam-se no exterior, apoiando-os. As tanquetas ocupavam as ruas próximas. De noite escoitamos loita na cidade.

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No aeroporto militar de Amed.

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Outra vez em Istambul...

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... um zumo de granada.

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No aviom, entre os braços.

Conhecimos a Elisabet, umha sueca que trabalha em Bagdag, e cantamos juntos a cançom de Pippi! Um final de viagem mágico!

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De volta á Galiza nom me canso de ouvir a Serhado no meu picasso, hip hop em kurdo, arremetedor!

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Trougem comigo 5 culherinhas para a minha colecçom...

Fonte: Blog de Séchu Sende, Made in Galiza.


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