1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 (1 Votos)
Lara Soto

Clica na imagem para ver o perfil e outros textos do autor ou autora

Letras em Lilás

A opressom das mulheres, marca do capitalismo

Lara Soto - Publicado: Domingo, 11 Mai 2014 19:14

Foi com o nascimento da família de classe obreira que também nasceu a diferença da opressom que sofremos as mulheres segundo a nossa classe; as mulheres burguesas devem produzir descendência para herdar as riquezas, enquanto as mulheres trabalhadoras devemos "parir" a força de trabalho para o sistema capitalista.


Já Engels definia o papel das mulheres proletárias como a servidom principal da família permanentemente excluída da produçom pública e sem salário, com todo o que isso significava no viver diário e na integraçom social. E assim chega até os nosso dias umha realidade de discriminaçom e violência contínuas que nos rodeia, enquanto os estados continuam a nom procurar soluçons efetivas. Mas, realmente há soluçons dentro dum sistema cujo pilar fundamental é o patriarcado?

Na Galiza, durante séculos, a nossa situaçom na sociedade estivo relegada ao ámbito privado, situaçom que nom com menos forças hoje em dia se continua a tentar manter. Por isso é indispensavel continuarmos a demonstrar que nom permitiremos um futuro como o passado, que continuemos a sair à rua incansavelmente para conquistar os nossos direitos, pois ninguém no-los vai dar. Devemos já de umha vez por todas desafiar toda essa tradiçom de medos à Igreja católica, ao Estado espanhol e ao mercado capitalista, devemos já desafiar esta apodrecida herança da ditadura franquista chamada Espanha.

É necessária a consciência e a educaçom do confronto real, ou continuaremos a assumir como norma as pseudo-transformaçons dos governos e governinhos de discursos duplos, cuja única pretensom é a de afastar o protesto das ruas. Querem, como sempre, levar os debates e resoluçons entre quatro paredes onde nom "molestem" ninguém, para que novamente as reformas estejam na medida dos empresários, do integrismo ou do patriarcado.

Foi sempre mediante a ocupaçom de liceus, universidades, fábricas e um sem fim de edifícios públicos; foi em diferentes mobilizaçons, foi debatendo nos lugares de trabalho ou de lazer, foi no combate de rua, foi com a pedra na mao e a desobediência por bandeira como e onde o feminismo de classe e revolucionário questionou esta ordem. Questionamo-la de frente, desde abaixo, em primeira pessoa, a partir da auto-organizaçom que estava disposta a luitar. Assim, por meio do combate, conquistamos os direitos com que hoje em dia contamos; a nossa legitimaçom foi conseguida polo compromisso de mulheres que arrancárom ao capitalismo e ao patriarcado os seus, os nossos direitos e espaço na sociedade.

Nom podemos, nom devemos deixar-nos arrastar por visionários pós-modernos que nos oferecem melhorias sem mudanças; as trabalhadoras galegas necessitamos um movimento que fortaleza as nossas demandas com a organizaçom de base e a mobilizaçom direta, para dar a batalha contra a lógica burguesa. Umha lógica que nos paga com baixos sálarios, precariedade, dependência e violência; todos símbolos da mesma bota patronal que pisoteia sem escrúpulos os nossos sonhos.

Por isso é só com o confronto real que obteremos as nossas demandas, deixando por diante umha importante batalha para rachar as cadeias que nos oprimem, exploram e dominam e conseguir assim os nossos direitos como mulheres trabalhadoras e galegas.

Fonte: Primeira Linha.


Diário Liberdade é um projeto sem fins lucrativos, mas cuja atividade gera uns gastos fixos importantes em hosting, domínios, manutençom e programaçom. Com a tua ajuda, poderemos manter o projeto livre e fazê-lo crescer em conteúdos e funcionalidades.

Microdoaçom de 3 euro:

Doaçom de valor livre:

Última hora

Quem somos | Info legal | Publicidade | Copyleft © 2010 Diário Liberdade.

Contacto: info [arroba] diarioliberdade.org | Telf: (+34) 717714759

Desenhado por Eledian Technology

Aviso

Bem-vind@ ao Diário Liberdade!

Para poder votar os comentários, é necessário ter registro próprio no Diário Liberdade ou logar-se.

Clique em uma das opções abaixo.