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José Borralho

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Desassossegar

Francisco Martins Rodrigues

José Borralho - Publicado: Terça, 23 Abril 2013 22:53

Falar de Francisco Martins Rodrigues não é tarefa fácil dada a grandeza dos seus contributos à causa do socialismo e do comunismo. Um dia empreenderei esse trabalho, já começado por outros dos seus camaradas.


Francisco Martins Rodrigues foi um comunista frontal em todos os momentos da sua vida de 81 anos, nos bons e nos maus momentos, na força e na fraqueza, soube sempre que o importante é percebermos que o fundamental está na convicção com que enfrentamos o inimigo: forças e fraquezas que jamais calou ou dissimulou.

Hoje, recordo aqui as palavras que lhe dediquei a convite da Revista Política Operária, de que foi fundador e que animou até ao fim da sua vida.

230413 francisco-martins-rodriguesPALAVRAS DEDICADAS....

A, Francisco Martins Rodrigues no dia do seu falecimento, e relembradas hoje, 23 de Abril, 5 anos depois. Coube-me a mim dizê-las, o que muito me honrou.

"Francisco Martins Rodrigues foi um homem bom. O seu relacionamento fraterno e afectuoso foi condizente com os seus ideais de comunista.
Jamais foi impositivo ou sectário para com os seus camaradas em quem acreditava, e esse comportamento reflectia a sociedade nova porque sempre lutou.

Francisco Martins Rodrigues foi um lúcido comunista e um revolucionário convicto provado na coragem com que defendeu o marxismo e com que enfrentou aquilo que se convencionou chamar o revisionismo soviético, quando muito pucos em Portugal se atreviam a tomar posição, ou mascaravam o que se passava na União Soviética em degeneração.

Milhares de lutadores em Portugal aderiram às ideias do comunismo pela clareza das suas ideias que se consubstanciaram numa nova corrente comunista.

A sua defesa dos princípios marxistas-leninistas, a sua convicção na emancipação dos explorados, conduziram-no a pesquisar as derrotas da revolução, e essa pesquisa forneceu-lhe a compreensão de que foi a política unitarista e a fuga à independência do proletariado a causa principal dessa derrota, ou seja: a submissão e adaptação dos interesses do proletariado à pequena burguesia, fizeram sucumbir a revolução, segundo as suas teses expressas no seu livro: Anti-Dimitrov, 50 anos de derrotas da revolução.

Francisco Martins Rodrigues nunca deixou de lutar até ao fim da sua vida, empenhado que estava em dar vida ao marxismo vivo.

Lutava actualmente pela consolidação de uma corrente revolucionária, e ainda há pouco mais de dois meses na Última festa da Política Operária declarou convictamente:

"Podemos ainda ser poucos e fracos. Mas as tempestades que aí vêm vão-nos obrigar a ser muitos. O partido que dizem que já passou de moda – não o partido-empresa, não o partido-administração, não o partido-negócio, mas o partido dos revolucionários, esse há-de voltar. Porque é preciso acabar com o pesadelo e começarmos a viver como seres humanos."

Honra à memória de Francisco Martins Rodrigues.

(Em 24 de Abril de 2008)"


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