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Laerte Braga

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A reeleição de Obama

Laerte Braga - Publicado: Quinta, 08 Novembro 2012 19:21

Suponha que todas as lojas da cadeia Mcdonalds, a um só tempo, cerrassem suas portas em todo o território norte-americano. Isso sim seria um ataque capaz de abalar as estruturas do país e levá-lo a guerra nuclear contra o Irã e a Venezuela.


Ou que os concorrentes sofressem o mesmo ataque e de repente o cidadão nos EUA se visse privado de hambúrguer. Pior, se os pacotinhos de catchup e mostarda desaparecessem.

Por mais devastadores que tenham sido os efeitos do furacão Sandy, nem chegariam perto da catástrofe da falta de hambúrguer, catchup e mostarda.

Aquele mapa colorido que as redes de tevê mostraram dos estados onde Mitt Romney venceu as eleições, numas redes vermelho, noutras verdes, exibia a localização exata de onde ainda se masca tabaco e se cospe no chão. Paraíso dos dentistas.

Houve uma espécie de suspiro coletivo de alívio em determinados setores do resto do mundo com a derrota de Romney. Derrota de Romney e não com a vitória de Obama.

O ex-presidente brasileiro Tancredo Neves tinha ojeriza a palavra resto quando se tratava de "o resto do pessoal..." Tancredo uma vez esculachou um assessor que tentando acomodar a comitiva para uma viagem disse mais ou menos o seguinte – "O doutor Tancredo vai no primeiro carro e o resto se divide entre os outros". Tancredo chamou o rapaz e foi duro – "Resto meu filho? Resto é de comida. Diga assim: o doutor Tancredo vai no primeiro carro e os demais companheiros se dividem nos outros carros".

Mitt Romney não teve peias ao declarar que "Deus criou os Estados Unidos para guiar o mundo". Resto, literalmente resto. Como Sarah Palin, nas eleições de 2008, foi aconselhada a exibir-se como paladina da moral e dos bons costumes, mas sugerindo com seu corpo e sua beleza que poderia perfeitamente ser estrela de um filme pornô.

A moral republicana. Não difere muito da moral democrata. Ou a ética republicana, também não difere muito da ética democrata.

Que o diga Mônica Lewinsky. Ou Marilyn Monroe que acreditou piamente que seria a primeira dama no segundo mandato de John Kennedy. Nem uma coisa e nem outra. Nem La Monroe, nem Kennedy.

O problema são as bombas. Cinco mil ogivas nucleares que combinadas com as outras milhares da OTAN (Organização do Tratado Atlântico Norte), postos de controle das colônias da União Européia e as quase quatrocentas de Israel, são suficientes para destruir o mundo cem vezes.

A certeza absoluta da boçalidade plena.

Obama costuma pisar no freio. É essa a diferença do presidente reeleito para o candidato tresloucado dos republicanos.

Cerca de 93% dos serviços que envolvem forças armadas e inteligência são terceirizados hoje nos Estados Unidos. O próprio Obama disse a jornalistas que não conseguiu romper mais que 7% dos contratos firmados pelo ex-presidente George Bush na esteira insana do Ato Patriótico.

Vão desde serviços de recrutamento, alistamento, treinamento, inteligência e até operações de campo. A guerra privatizada, as forças armadas transformadas em empresas, ou geridas por empresas. Todo esse processo num complexo que o general Dwight Eisenhower (comandante aliado na 2ª Grande Guerra) e ex-presidente, chamou de "militar e industrial".

Os setores estratégicos da economia controlados pela iniciativa privada, como sempre o foram nos EUA, aliás, mas associados agora ao conglomerado de privatizações disfarçadas em terceirizações que fazem da guerra um destrói e constrói, como aconteceu e continua a acontecer na Líbia e tentam repetir na Síria.

O dilema de Obama vai ser lidar com o governo nazi/sionista de Israel. Benjamin Netanyahu já afirmou que seu país está pronto para atacar o Irã. Nesse trança trança de terceirizações tem o controle acionário do que foi nação e hoje é conglomerado com 30 milhões de pessoas vivendo na linha da miséria e 18 milhões de desempregados, sem falar nos que chegam, anualmente, ao mercado de trabalho.

A maior parte das ações está em mãos de grupos nazi/sionistas. Se espalham pelo mundo, inclusive no Brasil, no conceito que na Bíblia está estabelecida a superioridade (negócio meio ariano) sobre o resto. Aí, no conceito deles, é resto mesmo.

Têm o know how dos antigos campos de concentração de Hitler, transferem essa "tecnologia" para as terras palestinas.

Como Obama vai lidar com esses novos dráculas, já não estão mais na Transilvânia, é o grande desafio do presidente reeleito.

Se pergunta com freqüência como os EUA conseguirão reverter o quadro econômico desfavorável e sem perspectivas no mundo que eles mesmo criaram, o tal mundo globalizado?

É simples. Jamais pagarão o que devem. Para isso servem as ogivas nucleares. Serve agora a mídia frenética a transmitir o voto de cada cidadão do conglomerado. Texano, por exemplo, vota de botas, espora e chapéu da marca John Wayne, com direito a apoio de Clint Eastwood. Dizem que Bush votou em Obama. Não admite ninguém pior que ele.

Milhões de norte-americanos começam a ser restos nesse não tão complicado processo de falência do capitalismo, de momento agudo da luta de classes. É a ética de Wall Street.

É necessário avançar sobre o petróleo do resto, a água do resto, as riquezas naturais consideradas estratégicas do resto e assentar na soleira de um rancho qualquer enquanto as vacas pastam e pronto.

Já não existem mais Jesse James ou os irmãos Dalton. E se existissem seriam cooptados por empresas privadas do setor de assassinatos seletivos (permitidos pelo Ato Patriótico) e transformados em heróis.

Como assim? É como não meu caro. Bush não é a figura que livrou o mundo de Saddam Hussein? Obama não assassinou Osama Bin Laden?

Quem despejou duas bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagazaki? O Irã? Os massacres de iraquianos, afegãos, líbios, sírios, colombianos, o plano GRANDE COLÔMBIA que deita ramas no Brasil com a cumplicidade de um governo neoliberal, o de Dilma Roussef?

A diferença entre Romney e Obama é de marca de cosmético. Só isso. O velho nazismo alemão tomou forma de nazi/sionismo, montado num portentoso cavalo capitalista fabricado pela General Motors, nada a ver com o cavalo Branco de Napoleão.

Nas horas críticas o presidente reeleito vai exercer seu hobby de cervejeiro. E o resto que se dane.

Tambores de grupos nazi/sionistas já rugem na Grécia onde o povo se recusa a aceitar as imposições de herr Ângela Merkel. E ostentam a suástica.

O povo de Gaza paga o tributo da barbárie dessa gente.

O rei da Espanha talvez não consiga mais caçar bisões a cinco mil dólares por cabeça, num país em frangalhos e que, certamente, no futuro, será mais que um só.

É hora, noventa e cinco anos depois, de uma nova revolução popular, antes que, como restos, sejamos jogados na lixeira do nazi/sionismo, em forma de campos de concentração, ou de conglomerados movidos a trabalho escravo.

Trituram em curto espaço de tempo os ossos doídos do trabalhador.

A reeleição de Obama é como o peixe espada fincado na barriga de Jerry Lewis. "Só dói quando eu rio".

No final, filmes de Hollywood sempre têm um final peculiar, um pastor vai subir naquele letreiro imenso que colocaram nas montanhas de Los Angeles e proclamar o fim do mundo sugerindo as cavernas como alternativas. Muitos já estão por lá, mergulhados na escuridão, perderam a consciência da luz, se entregaram aos gritos histéricos que uma vez por semana eclodem numa escola, numa fábrica ou num escritório, onde um "libertador" entra matando pessoas em nome de Deus.

E o surrado discurso presidencial. "É preciso que façamos uma reflexão sobre o fato, Que Deus proteja as famílias das vítimas e abençoe a América.


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