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Alexandre Carrodéguas

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REGANOSA: mais do mesmo, australiana ou galega

Alexandre Carrodéguas - Publicado: Segunda, 16 Agosto 2010 02:00

Alexandre Carrodéguas

Que salga nestes momentos o presidente da Cámara das Pontes e porta-voz da Energia do PSOE, Valentín Formoso, defendendo o carácter estratégico de Reganosa e a sua galeguizaçom mostra até que ponto os chamados a ser os representantes cidadaos nom som mais do que comissários poltíticos do grande capital especulativo.

Todas e todos sabemos que REGANOSA representa a aliança entre esta "classe política" que vive em palácio e a oligarquia económica que mantém um poder feudal na nossa Terra. Jogam com as vidas e interesses dos moradores nesta ria com o único afám de incrementar os sus sujos lucros e o seu malvado poder. Cansárom-nos com a cantiga do carácter disque estratégico para a Galiza da central de gás e agora sabemos que o único que se pretendia era um megaprojecto de duvidosa rendibilidade social, que participasse do grande banquete construtivo-inmobiliario dos anos passados. Este caciquismo logrou, em conivência com os poderes públicos, assaltar o nosso património comum para o pôr ao serviço de uns poucos.

A venda da nossa ria, da nossa costa, supujo predar o território físico comum para o mercantilizar em beneficio dos de sempre. Privatizando lucros e externalizando os custos sociais. Esta falsa modernizaçom foi a mesma que obrigou milhares de labregos e labregas a abandonarem a sua terra, para os tornar dependentes dos mercados globais. Querem que assimilemos falsamente "progresso" com aniquilaçom do campesinato e que nos afastemos, desta maneira, cada vez mais da chamada soberanía alimentar. Espoliando a nossa ria, os nossos meios de vida, o único que fazemos é aprofundar na colonizaçom da nossa terra. Os nossos marinheiros e mariscadores som um estorvo para esta expansom contemporánea do capital.

Isto nom é mais que o que algum marxista denomina "acumulaçom por despossessom", que consiste em arrancar das suas economias naturais os seus soberanos povoadores. O objectivo é destruir os meios de vida e fazer dependentes os povos originários. Por isso a luita polo território, pola nossa ria, nom é umha luita romantica ou bucólica, e sim é umha luita pola sobrevivência, pola conservaçom da tradiçom comunitária. Há que luitar contra este modelo "revolucionário" capitalista que necessita predar os homens e as terras para seguir acumulando capital numha corrida sem fim. E Reganosa é um bom exemplo de todo isto.

Estes últimos momentos "accionariais" nom som, pois, mais que mais do mesmo, igual que nos pode servir de exemplo a venda de Autoestradas do Atlántico por parte de Sacyr à ianque Citigroup numha acçom meramente especulativa. Agora os accionista maioritários desta indústria "extratégica" para a Galiza voltam a fazer caixa (outra vez) dando entrada a um fundo especulativo Australiano; como digo, mais do mesmo. E, entretanto, a única voz que se escuita no nacionalismo institucional é para reclamar a manutençom do capital galego na empresa. Em vez de denunciar este capitalismo colonial e de indústrias de "enclave", choram a perda do querido "capital galego". Como se o capital galego fosse salvífico. Seria para chorar se nom fosse cómico. Parece que o guiom é marcado Santiago Rey e os "nacionalistas" do tam cacarejado peso em Madrid seguem-no à risca.

Mas nós seguiremos a luitar contra esta valorizaçom capitalista da nossa ria. Sejam australianos ou capitalistas galegos. Porque, como dizia o grande chefe Índio Sattle: Como se pode comprar e vender a Terra? Berremos pois todas e todos: A ria é nossa e nom de REGANOSA.

Fonte: Primeira Linha.


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