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Belém Grandal

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Contra os ataques do capital, greve geral

Belém Grandal - Publicado: Segunda, 12 Março 2012 17:58

Belém Grandal

Para todas e todos é dabondo conhecida, a dia de hoje, a situaçom de crise sistémica do capitalismo a escala mundial, que provoca duras ingerências nas políticas dos Estados e governos dos diferentes povos, paises ou naçons, malia saber que estarmos integrados neste sistema, ao longo do tempo, sempre foi causa de intervençons constantes nas políticas dos diversos Estados e governos, além de nos imposibilitarem estes que, povos e naçons como Galiza, pudessem decidir um presente e futuro em liberdade, e que supujo, supom e há supor, de nom agir polo caminho certo, nom só a imposiçom de graves ameaças, como está a acontecer na atualidade, senom mesmo, a conculcaçom e vulneraçom real e concreta de liberdades e direitos conquistados ao longo da história em múltiplas batalhas.


Direitos e liberdades, quer individuais, quer sociais, que deberam ser inerentes e inalienáveis à natureza humana, que já estám a ser deitados polo chao, retrotraendo-nos mesmo até o século XIX, para todas e todos que moramos neste espaço caótico que caminha face a autodestruçom da nossa espécie, controlada e dominada por seres ou animais auto-denominados "racionais" e sem escrúpulos que exploram, oprimem, violam, ultrajam, assassinam outras e outros da sua própria espécie, além de destruir e dilapidar os recursos que a natureza oferece, destruindo o entorno que habitamos e abocando ao planeta face sua destruçom.

A única forma de subverter esta ordem injusta, estabelecida unilateralmente polos opressores capitalistas e impedir o avanço do jinete da morte da apocalipse é, primeiro, recuperarmos e integrarmos nas consciências o que dela nos foi extraido polos detentadores do poder económico, a razom e a inteligência. Segundo, manter um objectivo claro no horizonte da mudança, de todo, da ordem imperante. Terceiro, analisar, debater e concluir consensuadamente para implementarmos entre todas e todos as diversas acçons a desenvolver, tendo en conta que, só a luita conjunta, a uniom de vontades, de forças, a firmeça nos princípios, o trabalho constante, dia após dia, e a confiança em atingirmos a mudança de rumo definitivo que nos desloque polo caminho certo, som nossa única possibilidade de salvaçom.

Enquanto os princípios de solidariedade, nom de compaixom, nem de caridade, a igualdade de todas e todos, eliminando a sociedade classista e qualquer discriminaçom por razom de sexo ou género ou qualquer umha discriminaçon que impeda o desenvolvimento normal da natureza humana, um reparto equitativo da riqueça e o trabalho como meio de dignificaçom, emancipaçom e desenvolvemento das aspiraçons, capacidades, habilidades e potencialidades humanas, criando, produzindo, construindo e fazendo progressar de jeito sustentável os povos e a natureza que lhe oferece acuvilho, som indispensáveis para aproximarmo-nos do objectivo do distanciamento radical e definitivo da arma letal do capitalismo.

Galiza, povo e naçom sem Estado, integrada à força no Estado espanhol, e no sistema capitalista ao que está supeditado, e a crise que este próprio sistema gera desde os albores da sua existência, pois todo o que arrodeia o capitalismo, cheira a miséria, crise, detruçom, caos e morte, utilizando este sistema como deuses, a mercadoria, a compra-venda e o consumo, e a regulaçom das estruturas económicas e políticas a través dumhas relaçons e organizaçons sociais e laborais alicerçadas nos dogmas que estes deuses com sua religiom originam e ditam, subordinando a ele também, qualquer âmbito ou espaço de cultura, ocio, educaçom, lúdico etc... por muito reduzido que ele for.

É assim que Galiza, sob a tutelagem desse Estado, alheio de todo ao nosso ser, à nossa essência, à nossa existência, a nosso fazer e construir que, através do tempo histórico, forjou umha identidade própria, inserta num marco geográfico em que dita populaçom foi criando e entretecendo interrelaçons e interacçons entre dito entorno e a sociedade que lá morava e mora, entre as pessoas e grupos sociais entre sí, e que derom em imprimir um caráter, um modo de vida, umha forma de nos desenvolver, de nos comportar, de agir, de nos organizar e de relacionarmo-nos que difirem doutros povos ou naçons, quer próximos ou quer distantes das nossas fronteiras.

Nom podemos, nem queremos esquecer outras naçons insertadas à força dentro deste entramado, como som Euskal Herria e Països Catalans, ou muitas outras fora já deste próprio Estado que também estám a sofrer muito duramente as consequências dos embates dum sistema depredador e criminal, para satisfacerem aos proprietários do capital e dos meios de produçom. Um capital que torna o estado num simples intermediário cuja funçom é ditar umha série de normativas e leis favoráveis às élites poderosas e as suas ansias de entesourar cada vez mais e mais riqueza económica, en suas maos. Sem outra expectativa, nem outro objectivo que, defender os interesses desta caste elitista criminal, dominadora, opressora e exploradora.

Galiza é umha naçom rica e madura que nom precisa da tutelagem de qualquer um Estado estrangeiro a decidir de fora dos seus limites geográficos umha estruturaçom e organizaçom política orientada à satisfacçom apenas do capitalismo e cumhas relaçons socias, económicas, produtivas e laborais, alheias a sua identidade, impondo que devemos e que nom devemos produzir.

Com os recursos humanos e naturais que possuimos podemos producir de jeito ôtimo e sustentável, quer dizer, com a rendabilidade necessária para vivermos, e nos desenvolver com umha boa qualidade de vida, todos e todas as galegas, sem termos de abandonar nosso pais e emigrarmos a aqueles paises que som os que nos constringem, para eles se desenvolver e progressar a nosso custo.

Som muitas as pessoas bem formadas nos Centros de Formaçom Profesional e Técnica do nosso país, mesmo também nas nossas Universidades que após finalizar a sua formaçom e invertirem dinheiro, esforço e vários anos de estudos, nom estám a reverter seus conhecimentos no progresso do nosso país, mas sim, som cooptados por Centros de Investigaçom e Empresas dos países que controlam o poder da UE e quase sem possibilidades de regressar aos seus países de origem, onde forom formados.

De sempre, forom maciças as pejas ao nosso desenvolvimento próprio através de entraves exteriores e mesmo interiores que desejavam medrar para serem incluidos no pacto "integraçom no Estado Espanhol por progresso". Neste pacto, em que apenas umha parte dele foi cumprida, a parte em que nos integrarom à força no Estado Espanhol enquanto o progresso jamais foi atingido, polo contrário, foi dirigido a outras zonas, povos ou naçons deste Estado.

Doutro lado, além de estarmos integrados no Estado Espanhol, a sua vez, a economia capitalista globalizada deu en criar um ente, antes CEE, agora denominado UE, no que estamos insertos e que marca as diretrices da política económica a seguir por cada um dos Estados e que decide desde Bruxelas, quais som os países que debem continuar sendo economias fortes, quer dizer, Alemanha, França, Grande Bretanha, com capacidade produtiva, e aqueles outros como o Estado Espanhol, cuja única tarefa é a recomposiçom da mao de obra ou força de trabalho procedente desses paises com maior nível de vida, obrigando-nos a terciarizar e turistificar nossa economia.

Os entraves à produçom, quer de Bruxelas, quer de Madrid, capital do Reino da Espanha, restringem nossa capacidade e nossa potencialidade produtiva, impedem organizar nossas relaçons económicas, sociais e laborais como melhor convém à classe trabalhadora galega, para atingirmos nossa emancipaçom como naçom e como classe e assim progressarmos até conquistarmos umha sociedade onde a igualdade, equidade, solidariedade e antipatriarcado, sejam os piares básicos sobre os que se assente um novo sistema, o socialista.

No entanto, dentro do Estado espanhol, as naçons sem estado, Galiza e Euskal Herria, que convocam ambas umha greve geral em 29 de março tenhem muito a dizer, a fazer, a trabalhar e construirem, ante um alude de medidas restritivas dos direitos, das condiçons laborais, sociais, em definitiva, da merma na qualidade de vida da classe trabalhadora e produtora que é a que fai medrar e progressar um pais e jamais umha minoria de parasites capitalistas que especulam nos mercados, afastados da realidade dos povos, das suas necesidades, das suas aspiraçons.

De todo o que, com certeza, precisam os povos para se emancipar desenvolvendo ao máximo suas aspiraçons, para se dignificar como seres humanos, de realizar qualquer um trabalho que com esforço e vontade recolha os frutos que lhes pertence, e sem esquecer os principios de solidariedade, igualdade entre todas e todos, reparto equitativo da riqueza e tendo em conta como elemento primordial um entorno finito que habitamos. Na sustentabilidade deste entorno, está o futuro, o progresso, a vida de toda a humanidade.

A Greve Geral convocada em 29 de março na Galiza e Euskal Herria tem de ser o início dumha nova senda pola que, estas duas naçons oprimidas e exploradas, insertas à força no cruel e injusto sistema capitalista, caminhemos juntas e juntos para luitarmos contra as graves agressons aos direitos inerentes à classe trabalhadora, a depauperizaçom desta classe, contra a sobre-exploraçom dos recursos naturais, pola sustentabilidade dum planeta finito. Contra todas as medidas restritivas que implementam os capitalistas, através da anuência dos governos títeres vasalhos e servidores destas castes poderosas que tratam de nos esclavizar para incrementar seus lucros e encher, ainda mais, seus petos.

Medidas restritivas que incluem, despido livre, precariedade laboral, recurtes salariais, recurte das políticas públicas em educaçom e sanidade, das políticas assistenciais, políticas de igualdade... Em todas estas medidas, a mulher torna-se num elemento, ao que em primeira instância recorre o patriarcado como um dos piares sustentadores do sistema capitalista, retrocedendo nossos direitos, sendo utilizada, quer como complemento salarial do homem, com salários muito baixos e com muita mais precariedade, ou quer, como recomponhedora da força de trabalho masculina, quer também tendo de cuidar das filhas e filhos ou maiores da unidade familiar ao serem também eliminados nestes recurtes sustanciais os serviços assistenciais de crianças e maiores.

Pioram gravemente as condiçons e qualidade de vida nom apenas da classe trabalhadora, também a da imensa maioria da populaçom. É assim como a maioria é utilizada como instrumento favorecedor do lucro e entesouramento dumha minoria opressora e exploradora, através do processo de esclavagismo. Polo que as nossas exigências se centram na mudança total de rumo, a construçom dumha democracia real que procure a emancipaçom dos povos e das suas classes trabalhadoras, impossível de atingirmos numha "seudodemocracia capitalista".

As ansias de liberdade e emancipaçom dos povos e da classe trabalhadora devem ser diretamente proporcionais as ansias de riqueza material e lucros dos capitalistas, é o único jeito de atingirmos esse novo rumo pola senda certa, com passos firmes e decididos.

A Greve Geral é um dos passos a dar, mas se ficam ancorados na terra acabam por se afundir, polo que terá de haver mais passos, ageis e vigorantes com a força e coragem precisa até o triunfo definitivo da senda socialista.

CONTRA OS ATAQUES DO CAPITAL, GREVE GERAL

GALIZA E EUSKAL HERRIA EN LUCHA POR EL CAMINO DE LA INDEPENDENCIA, SOCIALISMO E ANTIPATRIARCADO


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