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Belém Grandal

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Da homogeneidade aculturadora capitalista à rica biodiversidade socialista

Belém Grandal - Publicado: Sexta, 23 Setembro 2011 00:17

Belém Grandal

Moramos num mundo e numha sociedade em que o mercado, com o seu elemento definidor, a compra-venta, todo o domina, tanto tes, tanto vales.


Como dizia Erich Fromm temos para deixar de sermos. Esvaziamos as nossas vidas para enchermo-las de todas esses objectos que o mercado nos oferece.

É assim que, através de certos métodos coercitivos, entre eles o marketing, que o sistema capitalista utiliza, anulam as nossas mentes e impedem qualquer possibilidade de decidirmos por nós próprios para dedicarmo-nos apenas a satisfazer os nossos instintos mais primários, esses que possuem as bestas, e sermos gratos de integrarmo-nos nesta sociedade do denominado "bem-estar" uniformizando os nossos desejos, as nossas necessidades. Dumha sociedade globalizada por homogeneizada, sim, homogeneizada porque o capitalismo precisa sujeitos submissos e obedientes que achem preciso adquirir determinados produtos indispensáveis nas nossas vidas para sentirmo-nos bem com nós próprios e bem integrados na sua sociedade de consumo e poda continuar subsistindo este cruel sistema.

Apenas a utilizaçom de recursos e estratégias uniformizadoras que incidam na supressom da diversidade de aspetos sociais, culturais e lingüísticos, este últimos, símbolos e expressons primordiais da identidade cultural dos povos, quer dizer, todos esses entraves e mais alguns, que impedam peneirarem as consciências alienadas dumhas mentes manipuladas e previamente neutralizadas, através de mensagens simplistas e contundentes, com o único objectivo da transmisom de ideias que nom requiram qualquer esforço de compreensom, inteligíveis e aptas para todas e todos, e orientadas ao objectivo fulcral: o consumo dos seus produtos para a inteira satisfaçom das elites e das suas ansias de entesourar, a cada vez, mais benefícios económicos a qualquer custo.

O poder político é assim subsumido nessa voragem destrutiva tornando-se numha engrenagem mais. Um intermediário, em que tais mercados podam medrar sem qualquer umha peja. Sua tarefa, a gestom dos recursos, métodos, estratégias que devem abranger a cada vez mais mercados e atingir os objectivos estipulados por essas próprias elites. Nom existem cá qualquer um tipo de princípio ético ou moral, nem sequer escrúpulos, apenas a acumulaçom de cada vez mais riqueças materiais em suas maos.

Como exemplo disto, o "Estado Espanhol", um Estado criado e construido através do tempo histórico pola força das armas, de invasons, guerras de conquista, saqueios e rázias, que deu em arrasar povos e sociedades diversas, possuidoras de umhas culturas próprias e definidas, dum jeito de compreender o espaço e umha realidade em que moravam e se desenvolviam, constituidas por um símbolo e sinal de expressom manifestamente essencial da sua identidade, o seu código linguístico. Umha biodiversidade enriquecedora que desde épocas da Monarquia castelám foi minguando até se tornar no que a dia de hoje alguns denominam "Reino da Espanha" como ente absurdo e vazio de contudo, na procura dumha homogeneidade aculturadora e empobrecedora. Isto avalado apenas polas elites pertencentes à nobreza, o povo ficava sempre à margem.

Élites burguesas capitalistas tomarom o relevo das classes nobres, e continuarom umha política assovalhadora e opressora ao serviço das minorias poderosas, com a utilizaçom de todos os recursos e estratégias nas suas maos, quer com a implementaçom de meios subtiis, quer com agressividade manifesta, como a que percebemos nestes momentos dia após dia.

Deste modo naçons e sociedades peninsulares enquadradas nessa rica biodiversidade, a Galiza, Euskal Herria, Països Catalans vimo-nos enfrentando a este monstro cuja cabeça tenta engolir todas as essências ricas por sustanciais e diversas, para evitarmos serem assimiladas as nossas sociedades e aniquilados como povos e naçons com direito a sermos, existirmos e vivermos livremente, como umha mais das riquezas culturais que devera nutrir e alimentar as nossas vidas e as nossas capacidades e potencialidades individuais e socias, sem qualquer um tipo de imposiçons. Tendo possibilidade de decidirmos por nós próprios, sem ingerências alheias.

É apenas deste jeito que poderemos falar dumha verdadeira liberdade e independência. Mas, esta liberdade e independência, jamais há ser completa de nom aniquilarmos, também de vez, um sistema enchido de ruindade e injustiças, com o patriarcado, como o seu piar substentandor, da opressom e exploraçom da classe trabalhadora, como elementos primordiais, junto com a destruçom assim mesmo do recursos naturais. Tudo isto aboca ao caos e destruçom da biodiversidade precisa para desenvolver-nos em todos os aspetos e âmbitos existenciais das nossas vidas, medrando como seres humanos, evitando assim sermos assimilados às bestas para satisfazermos únicamente os nossos instintos mais selvagens.

As únicas naçons que caminham face a liberdade e independência som aquelas que tenhem um rumo bem determinado e definido na construçom do socialismo, sem qualquer um tipo de opressom e exploraçom, baseada na igualdade real de direitos entre homens e mulheres, equitativa na distribuiçom da riqueza e na exploraçom sustentável dos recursos. Além de termos na biodiversidade natural, social e cultural um piar essencial para medrar e desenvolver as nossas capacidades e potencialidades individuais e sociais como seres humanos integrando assim as diferenças e traços distintivos das sociedades como parte dumha HETEROGENEIDADE ENRIQUECEDORA que abre as portas à esperança num mundo mais feliz para toda a humanidade.


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