A perversom das palavras acostuma a ser umha tendência em alta nos tempos em que andamos. Os think thanks, ajudados da esquerda tívia, criam mundos paralelos e umha realidade falsa à base de repeti-la insistentemente. Como teorizou Joseph Goebbels - que nom era um palestiniano, mas um destacado dirigente nazista -, umha mentira repetida mil vezes acostuma a se converter numha verdade.
Se analisarmos as intençons dos redatores de "Pola Paz e o Boicote a Israel" desde Euskal Herria e os Països Cataláns, vemos a procura dumha homologaçom europeia, e quem sabe se a defesa de importantes intereses económicos. Lembremos que a campanha Boicote, Desinvestimentos e Sançons (BDS) nom se fai desde os gabinetes de Plataforma per Catalunya - com quem coincide no vírus islamofóbico a assinante Pilar Rahola -, se nom desde a solidariedade ativa com a causa Palestina. Umha homologaçom europeia que deveria utilizar a sua diplomacia para se opor às matanças indiscriminadas de palestinianos, silenciadas polos meios agás quando algum cooperante ocidental é ferido ou morto polas balas do Estado de Israel, e um livre mercado que quer continuar a circular entre Israel e Europa.
O investigador norte-americano Lenni Brenner - vinculado à esquerda e aos movimentos anti-imperialistas no seu mesmo centro -, amparado numha basta documentaçom, analisa nas suas investigaçons as relaçons existentes entre o sionismo e o fascismo no período da II Guerra Mundial. Longe do que se crê, esta facçom política travou umha relaçom com as mais altas instâncias do regime nazista para atingir a "transferência" iniciada muito antes, em 1882, e que consistiu no espólio da terra de Palestina aos palestinianos, e que se bem também consistiu em mercar as terras palestinianas aos seus habitantes, nom duvidou em utilizar a expropriaçom forçosa ou mesmo o terrorismo indiscriminado contra civis em mercados.
Contodo, nom podemos fazer umha equiparaçom de judeu = sionista. No obstante, se nos referirmos às políticas do Estado de Israel, o adjetivo sionista é correto. Em poucos países existe umha militarizaçom tam grande como neste Estado, onde o serviço militar obrigatório dura nada mais, nada menos que três longos anos. Nom todos cumprirám este longo período de enfrentamentos, e da mesma maneira que no 11-M umha rebeliom cívica que nascia das vítimas e dos seus familiares desmentia as falácias do binómio Aznar-Acebes, na sociedade civil os familiares dos recrutados mortos começam a ver que agente político fomenta a violência, e mesmo nascem movimentos de desertores, que escolheram perder a sua liberdade nas cadeias sionistas antes de quitar vidas na fronteira que o império tem em Médio Oriente, cabeças nucleares incluídas.
Nos momentos onde a islamofobia campa à vontade e as instituiçons fomentam o racismo e a segregaçom da populaçom árabe, temos de nos posicionar em contra dumha declaraçom que ataca as legitimas aspiraçons de democracia e liberdade do povo palestiniano. Ainda que se pretendam dar umhas razons democraticistas, mesmo num sentido autodeterminista, o certo é que atrás da declaraçom está a razom dum Estado genocida. E nós, desde a Galiza, nom queremos ser cúmplices.