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Narciso Isa Conde

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Em coluna

Construir a Paz a partir da Insurgência dos Povos

Narciso Isa Conde - Publicado: Sexta, 28 Março 2014 20:39

Ao longo dos anos seguintes ao fim de sua vida terrena, que não equivale a sua morte histórica e nem à redução de sua grandeza política, a figura do comandante Manuel Marulanda Vélez se agiganta.


Sua transcendência como prócer das lutas revolucionárias cresce sem cessar e há de ser assim em cada 26 de março, muito mais que data de seu falecimento: “Dia Internacional do Direito dos Povos à Insurgência Armada”.

Em vida, demonstrou que ante o fascismo, independente de sua modalidade, não se deve nem ceder, nem confiar em formas de convivências políticas; menos ainda pensar que eles possam ser persuadidos de abandonar sua alta criminalidade e sua incontida desumanidade.

Na Colômbia, o simples “camarada Manuel” – como carinhosamente o chama a imbatível guerrilha fariana que ajudou a forjar esse formidável estrategista – deu contribuições fundamentais para a criação da imprescindível contrapartida a esse monstro, que mescla toda a podridão direitista: uma força insubornável que faz a guerra integral (política, militar e cultural) ao fascismo criollo e transnacional, para conquistar a paz; e não precisamente a paz dos cemitérios, da narco-corrupção, das bases militares estrangeiras e das valas comuns repletas de suas vítimas.

Tampouco a paz do neoliberalismo, do empobrecimento, da fome capitalista, do saqueio, da destruição ambiental, da negação de liberdades e libertações…

A paz com justiça social, soberania, dignidade humana!

A paz com democracia, independência e socialismo!

A paz que, urgentemente, necessitam a Colômbia e a Pátria Grande bolivariana, martiana, guevarista...

Essa paz resistente, que é defendida e que ataca com talento e decoro nas montanhas, na planície, nas praças públicas colombianas e, muito singularmente, na Mesa de Diálogo da Havana.

A paz que há de semear derrotando esse fascismo que mostra suas terríveis garras, desfilando sangue e destruição pelas ruas venezuelanas; procurando reverter o belíssimo processo bolivariano gestado pelo Comandante Chávez e seus camaradas de armas e ideias transformadoras.

Um fascismo-racista muito presente agora na Venezuela como fator incendiário e ponta de lança contrarrevolucionária; presente e ativo também em todas as crises atuais e em todos os processos de mudança, com matriz e tutela imperialista.

Um fascismo que brota de um capitalismo senil, altamente destrutivo em escala mundial; de um imperialismo pentagonizado, que potencializa todas as opressões e todas suas rapinagens, ignomínias e perversidades.

De uma dominação que será vencida a golpe de povo mobilizado, de povo armado da razão e da força, de povo e vanguardas capazes de subverter o capitalismo e semear o socialismo; sem meias palavras, sem contemporizações social-pelegas, centristas ou socialdemocratas.

Que há de derrotar à Golpe de Timón e radicalidade transformadora.

À Tupaz Amaru nas rebeldias originárias, à Bolívar nos tempos da primeira independência, à Lênin nos próprios, à Manuel nos seus.

Não perdendo jamais de vista que estamos – como dizia Martí – em plena “hora dos fornos”, que retroceder depois das mudanças empreendidas e dos caminhos transitados, que ceder o já acumulado ou estagnar-se sem avançar, é a morte de toda revolução e a vitória neofascista com toda sua marca regressiva e sangrenta.

Agora, mais que quando apenas nascia o fascismo e o capitalismo pujante engatinhava em meio a uma de suas agudas crises cíclicas, é extremamente válida a frase de SOCIALISMO ou BARBÁRIE, pronunciada por Rosa vermelha do socialismo do século XX.

Porque agora, depois do poder midiático e militar do sistema imperialista, depois do apadrinhamento feroz de seus putrefatos aliados locais, depois de suas prédicas e práticas incendiárias, se esconde suas multicrises e sua decadência insolúvel, junto de sua incapacidade de criar algo distinto.

Sim, agora, parodiando nossos queridos camaradas Iñaki Gil de San Vicente e Jorge Beinstein, devemos pensar quanta verdade encerra a frase COMUNISMO OU CAOS neste século XXI.

É preciso ver mais além da curva e observar a profundidade do câncer imperial.

É hora de revoluções criativas, capazes de construir a paz desde as rebeliões e insurgências mais diversas, multicores e multifacetadas. Porém, revoluções de verdade.

É hora do contra-ataque revolucionário firme e inteligente em todos os cenários de combate... para defender a conquista, ampliar a convocatória, intensificar os confrontos libertadores, substituir os governos de direita e aprofundar as mudanças em marcha, imprimindo-lhes  força anticapitalista e poder popular.

Para trás, jamais; para frente, sempre!

Fonte: www.abpnoticias.org. EDITORIAL

Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)


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