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Belém Grandal

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Em coluna

A insuportável necedade do ser

Belém Grandal - Publicado: Terça, 16 Julho 2013 00:36

O ser humano é um ser eminentemente social, precisa de se organizar na sociedade para viver e se desenvolver como tal.


O conhecimento e o saber som categorias humanas nom só necessárias, mesmo imprescindíveis para construirmos qualquer sociedade em que todas e todos contribuamos equitativamente a partir das nossas potencialidades, capacidades e experiência.

Nas sociedades humanas, ainda que devêssemos dizer, nestes tempos críticos que nos envolvem, na sociedade humana, já que face umha única e indivisível sociedade caminhamos inexoravelmente, se nom pugermos os meios, esforços e recursos ajeitados para o evitar, deparamo-nos com vários tipos de seres néscios, ainda que tam só exista um grupo de ditos seres que som os que nos abocam ao caminho da autodestruiçom.

De um lado está o néscio que desconhece a verdade ou a realidade mesma em que se integra, graças ao estado de alienaçom imposto por umhas elites que manejam o poder (político) submetidas estas ao poder dumhas outras elites restringidas mais ainda e mais poderosas também que conformam o que denominamos a superestrutura económica do sistema capitalista, em que estamos, polo momento, atrapadas/os.

Estes, por sua vez, som os que a partir da sua posiçom privilegiada, dominadora e opressora, organizam o modo idóneo de tergiversar a verdade e construir sobre a mentira falácias bem argumentadas para assim explicar-nos que a verdade mostrada por eles é a única verdade.

Deste jeito poderám estas elites continuar a se desenvolver, medrando nas suas aspiraçons e nos seus agoros de acumular mais poder ligado a possessom de riquezas económicas nesta sociedade e sistema capitalista, ainda tendo em ocasions para isso de fagocitar alguns de seus congéneres, quer dizer, algumhas e alguns da sua mesma classe e espécie, à custa de impedir umha vida digna à imensa maioria social que trabalha dia após dia construindo.

Mas a necedade, além de todo o dito, costuma vir na companhia nom apenas do estado de alienaçom imposto por estas elites, mesmo tamém através da inoculaçom do vírus do medo e mesmo, no seu grau máximo, o grau de terror, que consegue paralisar qualquer resposta que incite os seres humanos a se rebelarem e rejeitarem tais poderes fáticos opressores.

Portanto, ainda que podam existir episódios em que comecem a vislumbrar alguns vestígios de verdade, permanecem paralisadas/os polo terror polo que o seu entendimento e compreensom da realidade fica anulada e acabam por crer as falácias construídas e argumentadas polos opressores e seus inestimáveis colaboradores ou serventes que lhes amonstram como verdade o que jamais foi nem é. Dito terror se expressa desde as elites poderosas de diferentes jeitos, que variam gradualmente, umhas vezes de jeito mais contundente e doutras ocasions com jeitos máis subtis.

Um destes jeitos mais contundentes de inoculaçom do medo por parte dos poderosos vem expressado através da repressom agressiva direta, que pode manifestar-se também na utilizaçom de meios humanos, exemplo: polícia em confronto, agredindo e espancando em manifestaçons a grupos humanos que reclamam os seus direitos à liberdade, ao trabalho, a umha ótima educaçom e sanidade pública, quer dizer, a viver dignamente...

Mesmo o seqüestro dalgumhas pessoas para ser deslocadas a lugares de "castigo" ou como conhecemos habitualmente "cadeias" durante um período de tempo determinado mais ou menos longo por terem subvertido a ordem estabelecida, além de ser um exemplo para a imensa maioria da sociedade em caso de que qualquer umha decidir tomar o seu mesmo caminho de luita por uns direitos arrebatados.

Quanto os meios mais subtis que conhecemos, também é possível achar cá graduaçons, desde as denominadas "multas", estipêndios a pagar por nom acatar a legalidade vigente ainda que esta legalidade tenha como fundamento a defesa dos privilégios da caste elitista e dominante que possue o capital e os lucros materiais e económicos capaces de produzir dor e sofrimento permanente e em total agudizaçom na sociedade atual com o único objetivo de entesourar mais e mais riquezas nas suas maos.

O controlo da vida diária, dos pensamentos, ideias expressadas publicamente e contrárias ao estado de cousas relativas às atrozes injustiças cometidas polos poderes políticos, submetidos, como já dixemos, aos ditados dos poderes económicos, obstaculizando e pondo todo o tipo de atrancos à realizaçom de qualquer atividade que se desenvolva à margem das instituiçons estabelecidas.

Controlo das suas relaçons sociais, controlo da sua vida diária, controlo de suas atividades sociais, de lazer, culturais, artísticas... mesmo em ocasions impedindo o desenvolvimento de muitas destas atividades, entre elas o desenvolvimento da sua vida laboral normal com o alvo de amedrontar e tentar trazer de volta ao redil desta sociedade criminal e canalha.

No entanto, existe umha necedade que, diferentemente das anteriores, nom é umha necedade alienatória, também nom emana do medo ou do terror. Ao invés, conhece o dano causado na sociedade por um sistema económico que escraviça, oprime e agrede, explora e mesmo mata os seres humanos, e cujo objetivo é a acumulaçom de riquezas em maos das elites capitalistas. É portanto esta umha necedade constituída por grupos humanos determinados e bem reconhecidos pola imensa maioria da populaçom que colaboram e coadjuvam com ditas elites e com suas instituiçons para a boa marcha de dito sistema criminal.

Possuem estes a consciência de que a verdade imposta polos poderosos nom é mais que umha falácia, mas preferem manter o seu status de nécios acomodatícios nas suas poltronas e continuar ao serviço dos interesses do capital, além de se arrastarem perante os poderosos, colaborando na destruiçom das verdades, no processo de alienaçonm e no processo da inoculaçom do vírus do medo e do terror.

Contodo, nom possuem qualquer tipo de consciência moral ou ética e carecem assim mesmo de honestidade e que dizer da dignidade, jamais a tivérom, nem lhes tem para quê serve... Estám dispostos a sacrificar muitas vidas humanas com tal de permanecerem nos seus acomodatícios tronos, nas suas poltronas de funcionários perpétuos, nos seus negócios fraudulentos, roubando e enganando em grande escala, nos seus assentos parlamentares, servindo os desejos do grande capital, formando corruptelas ligadas a nepotismos e mafias criminais diversas, sempre com o objetivo de medrarem ainda a custa da imensa maioria social que trabalha dia após dia por construir um país que grupúsculos elitistas destruem ao seu bel-prazer, com a inestimável colaboraçom destes seus serventes e esbirros.

Com certeza é que muitos destes especimes som reconhecidos com honras, medalhas e distinçons diversas polas denominadas "autoridades" civis, políticas, militares, quer dizer, os serventes e esbirros dos poderosos capitalistas, mas temos de saber que jamais a necedade consciente pode fazer um bom serviço a qualquer povo, a qualquer pátria, e ainda mais tendo em conta que estes reconhecimentos provenhem da fraude, do latrocínio, do egoísmo, da maldade, em definitivo, da criminalidade dominante, imperante e inerente à sociedade e sistema capitalista.

É assim que apenas este último tipo de necedade do ser é insuportável para a continuidade da nossa espécie, é insuportável para a continuidade da vida humana, é insuportável porque nos mantém atrapados e escraviçados sem salvaçom. É portanto esta, a única e insoportável necedade do ser e que precisa da sua total destruiçom e aniquilaçom para nos libertarmos de vez.


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