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xiChina - Diário Liberdade - [Alejandro Acosta] O presidente chinês, Xi Jinping, tem focado a atuação do governo em “reformar” a economia chinesa, com o objetivo de “torna-la mais eficiente”.


Foto: Domínio Público

Por meio da Comissão Central para a Inspeção da Disciplina, Xi Jinping tem confrontado interesses de pesos pesados dentro da burocracia do PCCh (Partido Comunista Chinês), do Exército, do Exército Popular de Libertação e das empresas estatais. Xi busca adequar a China ao mercado mundial, o que implica na expansão das empresas chinesas para além das fronteiras. Como todo governo nacionalista, não consegue romper os limites do mercado mundial, controlado com mão de ferro pelo imperialismo.

Com o objetivo de conter o “expansionismo chinês”, o imperialismo norte-americano direcionou para a região Ásia Pacífico nada menos que a metade do orçamento do Pentágono.

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Os monopólios pressionam para que também sejam desregulamentados setores que são controlados de perto pelo governo, como o de capitais, energia, matérias primas (commodities) e a propriedade da terra. Algumas políticas neste sentido foram aplicadas, no ano retrasado, e de maneira restrita para Xangai. Mas a velocidade das reformas e da abertura do mercado está muito distante da voracidade, e do “senso de urgência” do imperialismo impulsionado pelo aprofundamento da crise capitalista.

O Novo Caminho da Seda chinês

No centro da política econômica da China se encontra o chamado “Novo Caminho da Seda”, que conta com três componentes principais. Em primeiro lugar, a aceleração do ciclo de circulação das mercadorias por meio da redução do tempo de transporte de Beijing à Europa. A inclusão de vários países como fornecedores de matérias primas e mercados secundários, entre a China e a Europa, tais como o Irã e as repúblicas da Ásia Central, entre outros. Em terceiro lugar, evitar o Estreito de Malacca, que possui uma largura de apenas 30 quilômetros, controlado pela Marinha dos Estados Unidos, por onde circula uma parte importante do comércio chinês, principalmente a energia.

A Rússia se converteu no aliado mais estreito e importante da China, apesar das contradições. O papel principal do governo Putin tem sido funcionar como uma espécie de pivô entre a China e a Europa. A adesão de várias potências europeias ao Novo Banco de Infraestrutura foi um passo neste sentido. Até a Inglaterra, um aliado estreito dos Estados Unidos, aderiu.

Um dos acordos entre a Administração Obama e o governo chinês, decorrentes da visita do presidente Xi aos Estados Unidos, foi que a China aumentará a participação no Banco Mundial, que é controlado pelo imperialismo norte-americano. Ao mesmo tempo, este ponto dos acordos representa uma concessão e uma imposição. A medida atende, de maneira muito restrita, uma reivindicação das potências regionais, a reforma do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional. Mas a medida não representa nenhuma reforma e mais parece uma formalidade.

A Administração Obama foi colocada contra as cordas pela ala direita do imperialismo nos Estados Unidos, que já controla as duas alas do Congresso. No próximo ano, acontecerão as eleições presidenciais e a ala de Obama busca permanecer no jogo apresentando “resultados”, no contexto do aprofundamento da crise capitalista. A retomada das relações diplomáticas com Cuba e com o Irã, a pacificação da Ucrânia e do Oriente Médio são exemplos disso.

O grande ponto de desestabilização, em escala mundial, é o Oriente Médio. Esse é o motivo da frente única que Obama impulsionou com os russos, o regime dos aiatolás iranianos e os chineses. O governo chinês, anunciou que enviará assessores militares à Síria o que representa uma novidade na política exterior chinesa, orientada a não se envolver diretamente em conflitos militares além das fronteiras.

Alejandro Acosta é cientista social, colaborador do Diário Liberdade e escreve para seu blog pessoal.


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