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siria-gruposSíria - Causa Operária - A maior parte da esquerda mundial tem apresentado os grupos guerrilheiros que atuam na Síria como abertamente contrarrevolucionários ou como paladinos da justiça.


A mais recente política imperialista para tentar controlar as milícias que combatem o regime de al-Assada foi a formação do CMS (Comando Militar Supremo), encabeçado pelo general desertor Selim Idriss. Devido à impossibilidade prática de ter algum comando, Idriss renunciou.

Sob o ponto de vista político, a formação do CNS (Coalisão Nacional da Revolução Síria e das Forças da Oposição), fundado no final de 2012 com o apoio direto do imperialismo, representou um deslocamento à direita da CNS (Conselho Nacional Sírio), encabeçado pela Irmandade Muçulmana. Trata-se da busca por uma alternativa de força para conter o avanço dos guerrilheiros nacionalistas, principalmente na perspectiva da "somalização" do País após a queda do governo de al-Assad.

A maior parte da esquerda mundial tem apresentado os grupos guerrilheiros que atuam na Síria como abertamente contrarrevolucionários ou como paladinos da justiça. Na realidade, além dos grupos abertamente pró-imperialistas, os grupos que mais têm se fortalecido em termos militares (notadamente os curdos e al-Nusra) são grupos nacionalistas burgueses, na mais clássica definição do termo, que, além da mistificação religiosa, lutam contra a dominação imperialista. Isso não exclui a existência de acordos com o imperialismo, em graus determinados, afinal representa a ala mais radicalizada da burguesia local. E só isso. Não se trata nem de movimentos em direção ao socialismo nem de agentes da CIA (pelo menos nestes dois casos).

Os principais grupos guerrilheiros sírios

A direção do ELS (Exército Sírio Livre), estabelecida na Turquia, é composta basicamente por desertores e ligada diretamente ao imperialismo, principalmente ao europeu. Mas fazem parte do ESL várias milícias com autonomia devido à inexistência, na prática, de um comando central.

O FSIL (Frente Sírio Islâmico de Libertação) se apresenta como islamista moderado. Agrupa as brigadas de Farouq em Homs, Suqur al Sham em Idlib, e Al Tawhid em Alepo. Recebem apoio financeiro do Catar e da Arábia Saudita.

O Movimento Islâmico Ahrar al Sham tem como grupo principal as milícias de Ahrar al Sham, de Idlib, que controlam e governam territórios no interior.

A Frente al-Nusra é formada basicamente por combatentes veteranos do Iraque e do Afeganistão. Está ligada e dirigida pela al-Qaeda no Iraque, com trânsito natural entre os dois países devido à inexistência de fronteira definida. A fonte principal de financiamento prove do controle dos poços petrolíferos do leste da Síria. É, na prática, a principal milícia que atua na Síria e no Iraque.

O YPG curdo (Unidades curdas de Proteção Popular) controla a maior parte do nordeste sírio. É uma milícia bem armada e organizada e conta com amplo apoio de massas.

Além desses grupos, que seriam os principais, há uma verdadeira miríade de milícias, desde as mais pró-imperialistas, como a Frente al Wahda al Tahrir al Islamiya, de Raqqa, até salafistas como Ghuraba al Sham, de Aleppo, passando por Ahfad al-Rasoul e Liwaa al-Tawhid, milícias com vínculos com Catar.


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