Apesar de nunca ter conseguido provar nada contra ele, o governo dos EUA não o libertará tão cedo, ao menos este ano, segundo o britânico The Guardian. Além disso, um tribunal ordenou a libertação de Slahi em 2012, mas os EUA não acataram a ordem.
O livro escrito por Slahi, que será lançado na semana que vem, descreve também torturas sofridas com a aprovação do então secretário de Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld. Forçado a beber água salgada, o prisioneiro foi levado ao mar, onde foi espancado durante três horas enquanto sua cabeça era afogada em um balde com gelo.
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Slahi combateu nas fileiras da Al Qaeda no início dos anos 1990, contra o governo do Afeganistão. Ele diz que não tem nenhum vínculo com a organização terrorista desde 1992. Apesar disso, após as ocorrências do 11 de Setembro, foi detido acusado de participar em atentados no Canadá em 1999.
Faz seis anos que o livro está para ser publicado, mas, impedido pelo governo estadunidense, que fez mais de 2.500 "correções" no conteúdo do livro, ele será lançado só agora e publicado em 20 países. De acordo com a reportagem do Guardian, isso não passa de uma censura para esconder as coisas que ocorrem dentro da prisão de Guantánamo, do ponto de vista de um prisioneiro.