O projecto foi encarregado pela Secretaria Geral de Paz e Convivência do Governo Basco, dentro do Plano de Paz e Convivência, com o objectivo de "revelar a incidência real deste fenómeno no País Basco nestes 50 anos e estabelecer as conclusões em matéria de reconhecimento, reparação e prevenção que pudessem ter lugar".
Nos últimos 30 anos, os informes de Amnistia Internacional, do Comité de Prevenção da Tortura do Conselho da Europa, dos Relatores Especiais das Nações Unidas ou as observações do Comité contra a Tortura da própria ONU, recomendaram não só a posta em marcha de medidas preventivas, senão de uma ajeitada investigação efectiva no campo judicial e social, assim como a necessidade de políticas de reconhecimento e reparação às vítimas.
Já num primeiro cálculo feito pela fundação Euskal Memoria, a cifra total de torturas a cidadãos e cidadãs bascas para esse período situa-se num mínimo de 9.600.
À frente da equipa de investigadores encontra-se o reputado antropólogo forense Francisco Etxeberria.