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300114 palPalestina - Vermelho - A organização israelense de soldados "Quebrando o Silêncio" divulgou mais um testemunho, nesta quarta-feira (29), desta vez de uma soldada que serviu em Hebron, na Cisjordânia.


O testemunho divulgado nesta quarta é de uma soldada não identificada que pertenceu à brigada Nahal das chamadas Forças de Defesa de Israel, e que esteve destacada para atuar em Hebron.

"Um dia, eu saí do posto da guarda e tentei pegar uma carona. Estava muito frio em Hebron. Estava usando uma jaqueta de lã e não tinha sinais visíveis do meu ranque como oficial. Fiquei em pé, como qualquer um, com o soldado na guarda. Diante dele havia um tipo de parada de ônibus em que os prisioneiros palestinos deveriam sentar-se, esperando o serviço de segurança que viria recolhê-los para transportá-los ao centro de detenção [nome apagado]," conta a soldada.

"Enquanto eu estava ali, no posto da guarda, eu vi estes dois soldados rasos passando o tempo, e havia um detido algemado, com as mãos atrás das costas e uma venda nos olhos. De repente, vi um deles simplesmente indo por trás do prisioneiro e, sem qualquer aviso, dando uma joelhada na sua cabeça. Tive uma reação instintiva, saltei em cima do rapaz, agarrei-o e mandei: 'Você vem comigo, agora'. Ele não conseguiu entender por que uma soldada estava ordenando-o segui-la. Ele me empurrou, era um cara grande, e correu para dentro do posto."

A oficial conta que correu diretamente até os escritórios do comandante-brigadeiro e do seu adjunto, mas que só encontrou o segundo. "Eu disse a ele o que havia acontecido, e ele disse: 'Vá até lá com o nosso oficial-adjunto de operações e encontre o rapaz.' Quando voltamos ao comandante-adjunto, mais tarde, para dizer que não o havíamos encontrado e que tencionávamos repetir a busca em algumas horas, ele disse: 'Esqueça isso. Haverá muitos mais como ele.'"

A organização de soldados israelenses "Breaking the Silence" (Quebrando o Silêncio, em referência ao código de silêncio do exército) publica testemunhos sobre a conduta das forças armadas em territórios palestinos, tanto durante combates ou, mais precisamente, ofensivas militares, quanto no dia-a-dia, com prisões arbitrárias, abusos e humilhação cotidiana.

Com informações da organização Quebrando o Silêncio.

Tradução de Moara Crivelente, da redação do Vermelho.


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