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iraq1Iraque - Opera Mundi - Norte-americanos teriam sido responsáveis por atividades de comando de polícia em centros de prisão clandestinos


O Pentágono enviou dois veteranos de guerra para supervisionar as torturas no Iraque, informa nesta quinta-feira (07/03) o jornal britânico The Guardian. A constatação deriva de uma investigação realizada pelo jornal e o serviço árabe da BBC, apoiada em testemunhos de testemunhas iraquianas e americanas.

Os veteranos teriam sido responsáveis pelas atividades desenvolvidas por unidades comando de polícia em centros de detenção clandestinos, que foram estabelecidas no Iraque durante a ocupação desse país liderada pelos EUA em 2003, para torturar presos e extorquir informações.

Segundo a averiguação, o coronel James Steele era um veterano aposentado das forças especiais americanas que havia participado das "guerras sujas" (conflitos armados incitados pelos Eua) na América Central, quando foi designado pelo então secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, para ajudar a organizar os paramilitares com o objetivo de sufocar os insurgentes sunitas.

Por sua vez, o assessor especial aposentado James Coffman trabalhou junto com Steele nesses centros de detenção construídos com financiamento americano.

Enquanto Steele informava diretamente a Rumsfeld, Coffman fazia o mesmo ao general David Petraeus, enviado ao Iraque em junho de 2004 para organizar e treinar as novas Forças de Segurança iraquianas, e que em novembro passado se viu obrigado a renunciar à direção da CIA por seu envolvimento em um escândalo sexual.

O jornal afirma que Steele - que esteve no Iraque de 2003 até 2005 e voltou ao país em 2006 - foi líder de uma equipe americana de assessores militares especiais que entregou a unidades contra-insurgência em El Salvador na década de 1980.

A investigação envolve pela primeira vez assessores americanos em casos de abusos contra os direitos humanos cometidos por comandantes e se trata, ao mesmo tempo, da primeira vez em que Petraeus é vinculado mediante um assessor com esses abusos.

Segundo um dos testemunhos citados por The Guardian, o do general Muntadher al-Samari, que trabalhou com Coffman e Steele durante um ano enquanto eram criados os comandos de polícia, "sabiam de tudo que acontecia ali, as torturas, as formas mais horríveis de tortura".

O jornal também detalha que não há provas de que Steele e Coffman torturaram presos, mas afirma que estiveram presentes em algumas ocasiões nos centros de detenção quando as torturas se levavam a cabo e que estiveram envolvidos em milhares de detenções.

Os EUA sempre sustentaram que os casos de tortura provados foram condutas errôneas de determinados soldados, e sempre negou que se tratassem de uma prática generalizada.


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