Nesta quinta-feira será votada no parlamento do Aragão a polêmica lei de línguas imposta pelo Partido Popular que muito provavelmente será aprovada já que tem o apoio tanto do PP como do Partido Aragonês (PAR).
A nova lei praticamente apaga tanto o catalão como o aragonês e os deixa sem nenhum tipo de proteção por parte da administração. De um lado, implica a revogação da antiga lei sobre as línguas, que reconhecia, por exemplo, a existência dos falantes de catalão da Franja del Ponent e que mantinha o espanhol como única língua oficial. E em segundo lugar, substitui os nomes das línguas por uns surpreendentes eufemismos: o catalão será chamado de 'língua aragonesa própria da área oriental" (LAPA) e o aragonês "língua aragonesa própria das áreas pirenaica e prepirenaica"(LAPAPYP). Além disso, o catalão deixará de ser oficial nos topónimos da Franja.
Esta lei defendida pela presidenta do Aragão, Luisa Fernanda Rudi, juntamente com a conselheira da educação, Dolores Serrat, que curiosamente nasceu e viveu sua infância em Ripoll, já foi discutida em comissão parlamentar durante vários meses, mas não sem controvérsia: os partidos da oposição acabaram deixando a comissão por falta de consenso. Esta rápida aprovação da lei contrasta com a tramitação da anterior, promovida pelo governo do PSOE de Marcelino Iglesias, que demorou oito anos em passar de anteprojeto a lei, a pesar de que era uma exigência do Estatuto de Autonomia Aragonês, aprovado em 1996.
Traduzido do catalão para galego do Brasil pelo Diário Liberdade.