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061015 transEsquerda Diário - Ontem, EUA, Japão, Canadá e outros nove países aprovaram a Parceria Transpacífico, o maior acordo de livre comércio do mundo, que abrange 40% do PIB do planeta.


O acordo ainda precisa ser aprovado pelo Congresso dos EUA, mas o anuncio de ontem já está sendo considerado uma grande vitória política do presidente Barack Obama.

O acordo de livre comércio anunciado reúne 12 países, da Asia e das Américas. Entre eles, além dos EUA, Japão, Austrália, México, e na América do Sul, Peru e Chile. A China ficou de fora. O bloco de países reúne 40% do PIB mundial e tem 793 milhões de consumidores. A expectativa é que, se o acordo realmente sair, o pacto movimente, a partir de 2025, US$ 223 bilhões por ano.

Segundo a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, em nota que enviou à imprensa o acordo é "muito positivo". "Tenho pedido por uma política de melhoria para evitar um novo crescimento medíocre da economia global, e reacender o comércio é um componente essencial dessa agenda."

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro Neto, disse nesta segunda-feira que "Na medida em que os Estados Unidos se fortalecem em uma área da América do Sul, os europeus precisam responder a isso. Considero que isso vai fortalecer o interesse da União Europeia no fechamento do acordo com o Mercosul, coloca uma pressão positiva sobre esse processo", afirmou, após participar da cerimônia de posse de novos ministros, no Palácio do Planalto.

De acordo com o ministro, a troca de propostas entre os dois blocos deverá acontecer até o início de novembro. Na semana passada, foi feita uma última reunião técnica entre os países do Mercosul, que agora deverão conversar com representantes europeus para dar início ao processo.

O ministro admitiu que o acordo poderá prejudicar alguns segmentos exportadores brasileiros, como o de açúcar, que enfrentará forte concorrência dos australianos no mercado norte-americano. "É algo que representa um segmento, mas em uma perspectiva mais ampla a gente ganha", aponta o ministro.

Apesar do otimismo do ministro, o acordo de livre comércio com os EUA, envolvendo países da América do Sul, tende a agravar ainda mais a crise econômica do Brasil, ao restringir o mercado para os produtos de exportação brasileiros a este país. Além disso, vai acelerar a penetração dos capitais norte-americanos em nosso continente, e pressionar todos os países da região.

Num contexto de crise, as pressões europeias por um acordo com o Mercosul para fazer frente a este novo acordo dos EUA, vão aumentar. As disputas, principalmente entre Alemanha e EUA, pela maior influencia política e comercial sobre a América do Sul, ao contrário de ser benéficas para nossos países, devem ser novas fontes de instabilidade e de ingerência estrangeira.


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