Nesse domingo, 8 de fevereiro, nos EUA, o Sindicato dos Metalúrgicos organizou uma greve e piquetes nos estados de Indiana e Ohio. São 11 refinarias em greve. No domingo, 1500 trabalhadores se juntaram a 4 mil trabalhadores que estão em greve desde o dia 1º, em empresas como a Shell e a BP. É a maior greve no setor desde 1980, há 35 anos. A greve pede melhores condições de trabalho e benefícios de saúde.
EUA em crise
A crise capitalista e a crise da economia norte-americana não foram resolvidas pelos meios propostos pela burguesia imperialista. Não houve nem mesmo a "recuperação" , total ou parcial, alardeada pela imprensa capitalista juntamente com lançamento de cada novo dado oficial. Ocorre o contrário: a crise vem se aprofundando cada vez mais, apesar de seu desenvolvimento não ser perceptível à primeira vista.
Cada nova medida tomada, cada novo plano elaborado (austeridade, injeção de dinheiro público, controle do mercado financeiro pelo estado etc.) não pode resolver a contradição fundamental do capitalismo. Têm apenas o poder de prorrogar, por cada vez menos tempo, o colapso entre o capital e o trabalho, entre a burguesia e a classe operária. Os choques entre capitais, o beco sem saída para uns, e a ameaça de prejuízos incalculáveis para outros, mostram o desenvolvimento da crise capitalista, expressa no impasse imposto à humanidade pelo capital financeiro, os grandes monopólios e seus poderosos governos.
Por outro lado, a tentativa de uma saída pela extrema-direita, com golpes de Estado em vários países, também tem dado sinais de fracasso. Na Ucrânia, o apoio dado pelo imperialismo a organizações fascistas para derrubar o governo nacionalista agora coloca em risco a integridade do país. Na Venezuela, as manifestações impulsionadas pelo imperialismo não conseguiram desestabilizar o governo suficientemente e foi enfrentada por setores da própria população, organizados em milícias populares.
O crescimento dos Estados Unidos antes e depois da crise era mantido através de esquemas financeiros com base em emissão de papel-moeda e créditos podres. Este processo também foi o principal estopim para a crise, devido à criação de uma bolha financeira e do dinheiro sem lastro produtivo.
A dívida pública dos EUA já é maior que o PIB do país e com o aumento da possibilidade de uma nova recessão, a dívida deve aumentar. Além disso, a dívida privada familiar e industrial tem crescido além do esperado.