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050215 dolEstados Unidos - PCO - Com queda de investimento no setor produtivo, crescimento em 2014 é apenas o adiamento de consequências catastróficas da crise


Oficialmente, os EUA teriam crescido 2,4% em 2014, tendo crescido 5% no terceiro trimestre, maior crescimento em 11 anos. Ao mesmo tempo, o investimento dos empresários em equipamentos diminuiu 1,9%. Ou seja, a economia cresceu mesmo com um investimento menor na produção.

O "milagre" foi o crescimento do consumo, impulsionado artificialmente pelas políticas do Federal Reserve (o "Fed", banco central dos EUA) de injetar dinheiro no cassino da especulação financeira. Para não mencionar as manobras contábeis que vêm sendo utilizadas desde o começo da nova etapa da crise capitalista, em 2008. Mesmo assim, o crescimento foi menor do que a expectativa do mercado que, contando com toda essa manipulação, esperava um crescimento de 3% em 2014.

A crise capitalista e a crise da economia norte-americana não foram resolvidas pelos meios dispostos pela burguesia imperialista. Não houve nem mesmo a "recuperação", total ou parcial, alardeada pela imprensa capitalista juntamente com o lançamento de cada novo dado oficial. Ocorre o contrário: a crise vem se aprofundando cada vez mais, apesar de seu desenvolvimento não ser perceptível à primeira vista.

Cada nova medida tomada, cada novo plano elaborado (austeridade, injeção de dinheiro público, controle do mercado financeiro pelo estado etc.) não pode resolver a contradição fundamental do capitalismo. Têm apenas o poder de prorrogar, por cada vez menos tempo, o colapso entre o capital e o trabalho, entre a burguesia e a classe operária. Os choques entre capitais, o beco sem saída para uns, e a ameaça de prejuízos incalculáveis para outros, mostram o desenvolvimento da crise capitalista, expressa no impasse imposto à humanidade pelo capital financeiro, os grandes monopólios e seus poderosos governos.

Por outro lado, a tentativa de uma saída pela extrema-direita, com golpes de Estado em vários países, também tem dado sinais de fracasso. Na Ucrânia, o apoio dado pelo imperialismo a organizações fascistas para derrubar o governo nacionalista agora coloca em risco a integridade do país. Na Venezuela, as manifestações impulsionadas pelo imperialismo não conseguiram desestabilizar o governo suficientemente e foi enfrentada por setores da própria população, organizados em milícias populares.

O crescimento dos Estados Unidos antes e depois da crise era mantido através de esquemas financeiros com base em emissão de papel-moeda e créditos podres. Este processo também foi o principal estopim para a crise, devido à criação de uma bolha financeira e do dinheiro sem lastro produtivo.

A dívida pública dos EUA já é maior que o PIB do país e com o aumento da possibilidade de uma nova recessão, a dívida deve aumentar. Além disso, a dívida privada familiar e industrial tem crescido além do esperado.


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