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021214 petPCO - Arábia Saudita impõe queda do petróleo com oferta artificialmente alta.


Em novembro o preço do barril de petróleo chegou a menos de US$ 70, seguindo em queda desde junho. Nesta segunda-feira, 1º de dezembro, os US$ 68 por barril constituem o menor preço em cinco anos. Muitos fatores explicam a queda do petróleo. A desaceleração econômica da China, a revolução do xisto nos EUA, a queda da demanda de uma economia em crise etc.

No entanto, a política da Arábia Saudita de aumentar a produção, e impor o aumento aos países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), é um dos fatores decisivos. Com 13% da produção mundial e 18% das reservas comprovadas, na semana passada os sauditas impediram membros do cartel da OPEP de cortar a produção.

Com o preço do petróleo em um patamar relativamente tão baixo, a Arábia Saudita dificulta o investimento na exploração em águas profundas e do xisto. É uma tentativa de impor o seu próprio petróleo. Mas além disso, o baixo preço do petróleo atinge em cheio a economia de três países em conflito com o imperialismo hoje: Rússia, Venezuela e Irã. Economias atrasadas e dependentes da venda de energia, os três terão dificuldades para pagar as contas e fazer investimentos com um preço tão baixo.

O caso mais grave é o da Venezuela, onde os EUA tentam derrubar o governo há mais de uma década. A economia do País depende em 96% das exportações de petróleo. O presidente Nicolás Maduro está tendo que fazer uma série de cortes no orçamento de 2015, mas garante que não tirará nenhum centavo das "Missiones", os programas sociais que têm garantido apoio popular ao governo nacionalista burguês do chavismo.

A Arábia Saudita é um dos principais aliados do imperialismo norte-americano no Oriente Médio, ao lado de Israel, e a venda do petróleo saudita em dólares, que gera os chamados petrodólares, é um dos pilares da dominação do dólar no mundo, como moeda para comércio internacional e de reserva. Agora, por meio da oferta artificialmente alta de petróleo, os sauditas sabotam economias justamente de países que mantêm uma política com alguma independência e em contradição com o imperialismo norte-americano.


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