A União Nacional de Trabalhadores Metalúrgicos (Numsa) declarou a greve em 1 de julho para reivindicar aumento salarial, subsídio para moradia, subvenções para jovens empregados e a eliminação dos intermediários trabalhistas.
Por seu lado, a Federação de Indústrias do Aço e Engenharia (Seifsa) anunciou na última terça-feira (15) que já tinha colocado sobre a mesa de negociações sua oferta final e não faria novas proposições ao grêmio siderúrgico com sede em Johannesburgo.
A ministra Mildred Oliphant alertou que este estancamento nas conversas é preocupante para a economia nacional, prejudicada já por uma paralisação na mineração de cinco meses no setor de platina, que este ano levou a uma contração de 0,6% do PIB trimestral. Segundo esta ministra, "a África do Sul não pode se dar o luxo de outra greve prolongada, mesmo porque a indústria do aço e engenharia é essencial e crítica quando se trata da infraestrutura geral do país, sem contar o campo automotor".
Foi divulgado ontem (16) que a paralisação do trabalho de 220 mil afiliados à Numsa interrompeu o abastecimento de materiais de construção para várias empresas.
Por sua vez, o jornal Business Report comentou que a greve afetou também as produções em quatro das sete fábricas de veículos.
Desde meados de 2013, a Numsa vem sendo abertamente crítica contra o Presidente da República Jacob Zuma e em dezembro anunciou sua separação da federação pró-governo Congresso dos Sindicatos (Cosatu).