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310513 greve geral pais bascoEuskal Herria - ASEH - Os sindicatos e organizações sociais que convocaram a greve geral fizeram uma avaliação positiva da ampla adesão à jornada de luta no território basco sob domínio espanhol, considerando que foi um «êxito» e que a resposta dos trabalhores foi «arrasadora». Segundo referiram, a adesão à greve foi generalizada nos diversos sectores e empresas, e mais de 85 000 pessoas participaram nas mobilizações que tiveram lugar ao longo da manhã.


Numa conferência de imprensa que deram hoje à tarde em Bilbau, o secretário de Comunicação do ELA, Patxi Agirrezabala, e a responsável de Serviços Públicos do LAB, Arantxa Sarasola, afirmaram que a paralisação foi total (uma adesão superior a 70%) em 41% das empresas industriais com mais de 50 trabalhadores e que em 20% destas a adesão se situou entre os 30 e os 70%.

Em relação ao sector público, afirmaram que a adesão foi «generalizada» (embora desigual por comarcas), com maior incidência no Ensino e na Administração Local e Foral, especialmente em Gipuscoa e nalgumas comarcas biscainhas como Busturialdea e Durangaldea, e com menor incidência na Saúde, devido aos elevados serviços mínimos impostos.
 
Nos transportes públicos, a EuskoTren teve apenas os serviços mínimos a funcionar; no metro de Bilbau a incidência foi «significativa» e nos autocarros de Gasteiz a paralisação atingiu os 60%.
 
Na construção, pararam todas as cimenteiras e nas obras a greve foi total em Gipuscoa e «muito importante» na Biscaia e em Álaba.
 
A dirigente do LAB Arantxa Sarasola sublinhou que esta greve representa um «grande impulso para se passar da resposta aos cortes para a batalha pela alternativa» às políticas aplicadas desde que a crise começou e que os sindicatos convocantes resumem na Carta de Direitos Sociais para o País Basco que há pouco começou a ser criada.
 
Por seu lado, o responsável de Comunicação do ELA, Patxi Agirrezabala, destacou a «grande resposta» dada nas empresas e nas ruas, uma mostra de que «a classe trabalhadora está disposta a responder aos ataques dos poderes políticos e patronais».
 
A Polícia espanhola prendeu pelo menos nove jovens na comarca de Pamplona
 
Pelo menos nove pessoas, acusadas de «desordem pública» foram detidas na comarca de Pamplona ao longo da jornada de Greve Geral, segundo informou a Ateak Ireki. A Delegação do Governo espanhol em Navarra eleva o número de detidos para treze. Uma outra pessoa foi detida em Donostia por «resistência e desobediência à autoridade».
 
Grandes mobilizações ao meio-dia e à tarde no País Basco Sul
 
Em Pamplona, mais de 15 000 pessoas participaram na mobilização do meio-dia, segundo referiu o LAB. Partiu da Praça do Castelo, precedida por uma faixa em que se lia «Por uns direitos sociais e laborais dignos. Euskal Herriak bere eredu propioa».
 
Ouviram-se palavras de ordem como «Fora ladrões das instituições», «Não é crise, é capitalismo» ou «O dinheiro do TAV, para saúde». A manifestação terminou no parque Antoniutti, onde se procedeu à leitura de um comunicado.
 
No final, ocorreram incidentes e a Polícia espanhola prendeu cinco pessoas. Em Navarra, para além da capital, também houve manifestações ao meio-dia em Tutera, Tafalla, Lizarra, Doneztebe e Altsasu.
 
À tarde, houve 18 mobilizações em todo o herrialde. A marcha de Iruñea contou com 8000 pessoas, de acordo com o LAB, e nela estiveram presentes os responsáveis do ELA e do LAB em Nafarroa, Mitxel Lakuntza e Igor Arroyo, respectivamente. 
 
Antes do início da manifestação, Eneko Yoldi, representante da Asamblea de Personas en Paro, afirmou que as mobilizações estavam a ser «massivas».
 
Etxaide e Muñoz em Gasteiz
 
A mobilização de Gasteiz, que contou com cerca de seis mil manifestantes, partiu da Praça Bilbau, com dois camiões do Hiru à frente. Dali, dirigiu-se para a Praça da Virgem Branca, onde tomaram a palavra representantes do Hiru, do ESK e Ainhoa Etxaide e Adolfo Muñoz, secretários-gerais do LAB e do ELA, respectivamente.
 
Nas suas intervenções, deram especial ênfase ao início da criação de uma carta de direitos sociais para Euskal Herria. Muñoz perguntou «aos que ficaram no Parlamento sem respeitar o direito à greve» se lhes parece bem «a destruição social sistemática que está a ser organizada e que conta com a sua colaboração».
 
Disse que «há alternativa à disciplina da dívida e do déficit, para defender os salários e as pensões», e perguntou «por que é que Urkullu e Barcina não explicam que por cinco décimas de flexibilização de déficit os seus governos e partidos vão aceitar a implementação de novas e duríssimas reformas?».
Pediu ainda ao Executivo de Lakua que não siga o patronato «no caminho da redução salarial e da destruição das condições de trabalho».
 
Etxaide, por seu lado, considerou «urgente» abordar uma reforma fiscal estrutural «que permita utilizar a riqueza que existe e que foi gerada pelos trabalhadores, para melhorar os serviços públicos», e anunciou que o LAB irá continuar a «lançar torpedos» contra os acordos «ao serviço do capital».
 
«Aqui há massa social para fazer o acordo mais importante, o da não aplicação das reformas, o de não acatar as ordens do Governo de Madrid e bater o pé às exigências da elite económica basca», proclamou.

Donostia 
 
Em Donostia, partiram colunas de Anoeta, no bairro de Amara, de Sagues, em Gros, e do bairro de Antigua. Milhares de pessoas juntaram-se em Donostia provenientes de todo o território guipuscoano, onde a adesão à greve foi massiva.

As três colunas juntaram-se na Rua San Martin e deram os últimos passos no Boulevard, que se encheu de gente. Foi significativa a presença de trabalhadores de empresas que se encontram em situações críticas, como a Corrugados Azpeitia, cujo proprietário anunciou o fechamento da fábrica.
 
Bilbau
 
No caso de Bilbau, quatro colunas partiram de Deustua, da Câmara Municipal, da Juan de Garay e da Alameda Rekalde, e todas elas se juntaram na Praça Elíptica, onde teve início a manifestação.
 
Milhares de pessoas participaram na marcha, que terminou no Sagrado Coração com as intervenções de Sonia González, do LAB, e Mikel Noval, do ELA.
 
 

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