O relatório, apresentado na sede da OCDE em Paris, indica que o Produto Interno Bruto (PIB) francês teve uma queda de 1,2 pontos de outubro a dezembro de 2012 e terá um saldo negativo de 0,6% entre janeiro e março deste ano.
Os motores tradicionais da economia francesa, o consumo dos lares e o investimento das empresas continuam decrescendo e só começarão a se reativar no segundo trimestre do ano, afirma a OCDE em seu relatório provisório.
Na zona euro continuará crescendo a brecha entre a maioria dos países e a Alemanha, que depois de um resultado negativo no final do ano passado crescerá 2,3% no primeiro trimestre e 2,6% no segundo.
Os dados mais negativos na primeira etapa do ano são os da Itália, no meio de uma grave crise política e financeira, indica o relatório.
O PIB italiano retrocederá 1,6 entre janeiro e março e continuará caindo no período de abril a junho, com perda de um porcento.
A fraqueza da economia e a falta de confiança dos lares e dos empresários causarão uma deterioração ainda maior no mercado de trabalho da eurozona e o desemprego continuará crescendo, explicou Pier Carlo Padoan, economista chefe da OCDE.
No denominado Grupo dos Sete (G-7), fora a França e a Itália, os resultados serão positivos como média na primeira metade de 2013, agregou o funcionário.
Mundialmente, um dos principais riscos é a instabilidade dos países que adotaram o euro, onde deve ser mantida uma vigilância séria sobre o sistema financeiro, sobretudo depois da experiência do Chipre, indica o relatório.
A OCDE recomendou acelerar os passos para estabelecer um sistema funcional de união bancária na zona do euro para evitar que essas situações se repitam.