Dados divulgados pela agência de estatísticas do governo grego, a Elstat, mostram que a forte retração que tem sofrido a economia do país continua se aprofundando. No mês de setembro, a taxa de desemprego passou de 25,3%, registrado em agosto, para 26%.
Os dados econômicos gregos à medida que são divulgados sempre batem novo recorde. Desde que a pesquisa começou a ser realizada, há 13 anos, este é o maior corte de postos de trabalhos já registrado.
Atualmente, estima-se que o número de trabalhadores sem emprego na Grécia seja de 1,295 milhões, número que quase triplicou nos últimos três anos. Em março de 2009, a taxa de desemprego era de 10,3% e 501 mil desempregados.
Somente nos últimos doze meses, o desemprego grego subiu 7,1%, em setembro de 2011 a taxa era de 18,9%.
A situação grega é extremamente delicada, pois tem uma população economicamente ativa de cerca de cinco milhões de trabalhadores, destes, 3,695 milhões ainda tem emprego. Mas se for considerado o número de adultos que estão inativos, o número de desempregados supera este valor. São 3,373 milhões de inativos e mais 1,295 milhões de desempregados, ou seja, 4,668 milhões sem emprego.
Já o desemprego entre os jovens de 15 a 24 anos beira os 60%, mais que o dobro da média geral de desempregados. A taxa de desemprego entre os jovens gregos é maior que a da Espanha, que já tem o maior índice de desemprego de toda a Europa.
O aumento sem limites do desemprego na Grécia é resultado inegável da pilhagem que o imperialismo mundial, por meio do FMI (Fundo Monetário Internacional), BCE (Banco Central Europeu) e da União Europeia tem feito no País desde o estouro da crise em 2008.
As políticas impostas ao País por meio dos planos de austeridade só aumentaram as demissões e o flagelo social.