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capitalismo crise ueUnião Europeia - PCO - O imperialismo alemã tenta evitar o desgaste político perante as eleições de 2013 para promover a monetização das dívidas públicas nacionais e os ataques também contra as massas alemãs – conduz à hiperinflação.


Conforme a chanceler alemã, Angela Merkel, deixou claro com a recente visita a Atenas, o imperialismo alemão evitará ao máximo a saída dos integrantes da zona do euro, a começar pela Grécia.

A Alemanha se transformou numa lavanderia de capitais especulativos que afluem dos países mais endividados para o centro financeiro, em Frankfurt, devido à disparada da aversão ao risco, onde são estacionados a taxas de juros próximas a 0%, e retornam àqueles países, na forma de empréstimos públicos, a taxas várias vezes superiores. Estas diferenças estão na raiz da relativa bonança vivida pela Alemanha na comparação com os restantes países da região, mas não resolve o grande problema da economia. No centro da questão está queda da produção industrial nos principais países da região, e particularmente na Alemanha, provocada pela redução da demanda impactada em cheio pela crise capitalista, que tem levado ao aumento exponencial da especulação financeira.

A desintegração da zona do euro, provavelmente, não será imediata, conforme os economistas burgueses da ala esquerda têm vaticinado para os próximos dois anos – verificar as previsões de Paul Krugman e Nouriel Roubini por exemplo. O imperialismo alemão tentará impor a monetização das dívidas nacionais em larga escala após as eleições gerais que acontecerão do final do próximo ano.

No curto prazo, Merkel precisa evitar um desgaste maior da direita e, ao mesmo tempo, obter a aprovação do Bundestag (parlamento alemão) para promover a escalada dos resgates, pois, particularmente no caso da Espanha implicarão no aumento da exposição ao risco da própria Alemanha. A pesar da gritaria dos setores da esquerda do imperialismo alemão, os socialdemocratas do PSD e A Esquerda (Die Link), as alternativas são muito reduzidas e passam pela imposição do aperto do controle sobre os estados nacionais como condição para monetizar as dívidas nacionais em escala maior. O efeito colateral tem sido o inevitável aumento exponencial do endividamento alemão, como o preço pago para evitar o colapso dos mecanismos especulativos e a implosão da zona do euro no curto prazo. As consequências dessa política, que já está em andamento em escala menor à pretendida, podem ser observadas hoje nas outras grandes potencias imperialistas, os EUA, o Japão e a Grã Bretanha – gigantescos endividamentos e déficit públicos, e economias paralisadas, com a única “saída” de continuar aplicando versões semirecicladas das mesmas políticas.

Com o objetivo de impedir a corrosão do regime político, perante o futuro sombrio, a burguesia alemã está tentando impor uma nova Grande Coalisão, nos moldes da que aconteceu em 2005, para as eleições gerais de 2013. Salvar a direita alemã da bancarrota, cujo prenúncio foi visto nas sucessivas derrotas nas eleições regionais, nos Lands, é condição indispensável para facilitar o repasse do peso das novas políticas para as massas trabalhadoras alemãs.


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