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010715 procuEgito - PCO - Resistência violenta à ditadura militar egípcia tem crescido em todo o País, no começo do mês, dois juízes já tinham sido mortos.


Nesta segunda-feira, 29 de junho, o Procurado Geral do Egito, Hisham Barakat, morreu em um atentado a bomba na capital, Cairo. O comboio que levava Barakat foi atingindo pela explosão de uma detonada remotamente, instalada em um carro vazio. Seu veículo foi atingido no distrito no distrito Heliopolis, do lado de fora de um colégio militar. Barakat participou do processo que levou à absolvição de Hosni Mubarak.

Barakat foi nomeado Procurador Geral pelo presidente interino Adly Mansour, logo depois do golpe militar que derrubou Mohamed Morsi, em julho de 2013. No começo do mês, dois juízes foram assassinados. Nenhum grupo reivindicou a autoria do atentado que matou Barakat. No mês passado, um grupo egípcio ligado ao Estado Islâmico incitou seus militantes a atacar juízes no País.

A Irmandade Muçulmana, maior grupo político do Egito, ao qual Morsi, o p-residente deposto, pertencia, condenou o ataque, responsabilizando a ditadura militar pela violência que está tomando conta da política egípcia. A Irmandade Muçulmana é considerada pela ditadura militar um grupo terrorista, e centenas de seus militantes foram mortos durante os protestos que se seguiram ao golpe no Egito. Outras centenas de militantes foram condenados à morte em julgamentos em massa, além do próprio Morsi, também condenado à morte.

O movimento guerrilheiro contra a ditadura militar egípcia tem crescido em todo o País, especialmente na Península do Sinai. O governo golpista do presidente Abdul Al-Sisi tem dificuldades para impedir o abastecimento de armas para os guerrilheiros, que chegam pelo deserto da Líbia. Outro ponto problemático fica na Península do Sinai, na fronteira com Gaza. O governo egípcio fechou dezenas de túneis que cruzavam a fronteira partindo da Faixa de Gaza. Mesmo diante da tragédia humanitária com a ofensiva de Israel o Egito manteve a fronteira fechada, alegando razões de segurança.

O governo de Al-Sisi foi colocado no poder para conter a população à força, impondo políticas contra os trabalhadores, para que eles paguem pela crise. No entanto, como vem acontecendo em todo o Oriente Médio e norte da África, a situação pode ficar mais instável do que antes.

O partido do presidente deposto pelo golpe militar de julho de 2013 era um braço político da Irmandade Muçulmana. Os dirigentes do partido pregam uma resistência pacífica ao regime, sem usar armas.

A juventude da Irmandade, no entanto, quer resistir com armas à ditadura egípcia, diante da brutal repressão do regime, que matou centenas de pessoas que foram protestar contra o golpe e agora está condenando diversos dirigentes à morte, incluindo o próprio presidente deposto.

Recentemente, um porta-voz de novas lideranças eleitas dentro da Irmandade Muçulmana, Mohamed Montasser, anunciou que essas lideranças decidiram seguir um "caminho revolucionário". Grande parte da Irmandade ainda defende uma resistência pacífica, e o grupo está dividido.


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