1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 (0 Votos)

121013 shanghaiChina - PCO - Novo passo no aprofundamento da especulação financeira.


A imprensa burguesa mundial tem anunciado com grande estardalhaço o “penúltimo passo em direção ao capitalismo chinês”, que, supostamente, estaria removendo as restrições e entraves burocráticos do “socialismo com caraterísticas chinesas”.

A China, apesar de ter entrado na OMC (Organização Mundial de Comercio) em 2001, ainda não é considerada uma economia de mercado. Com o objetivo de acelerar o ritmo nesse sentido, a nova burguesia chinesa que domina o País acabou de inaugurar oficialmente em Xangai, a principal cidade da China a primeira zona de livre comercio, que deverá servir como modelo a ser seguido. Segundo o ministro do Comercio Gao Hucheng, trata-se de “uma decisão crucial para a nova onda de reformas e de abertura ao exterior”.

O principais componentes da reforma são 18 e estão focado no aumento da especulação financeira, apesar de que ainda restarão restrições sobre 190 setores da economia. Entre os principais estão a conversibilidade da moeda nacional, o yuan; a determinação pelo mercado das taxas de juros; a abertura para os especuladores financeiros de setores chave da economia, com o de telecomunicações, o bancário, seguros, serviços médicos e jurídicos e até tudo o que for entendido como lazer, incluindo grande parte dos serviços de Internet.

25 grandes empresas industriais e 11 grandes bancos já receberam a autorização para instalar-se, o que deverá continuar aumentando durante os próximos três anos. A zona especial começará com apenas 29 quilômetros quadrados, mas o objetivo do governo é expandi-la em três anos para 1.200.

O que está por trás do aumento da especulação financeira na China?

As novas reformas foram definidas, em linhas gerais, no XVIII Congresso do PC Chinês, que teve os trabalhos encerrados em novembro do ano passado.

As novas políticas econômicas buscam ampliar a implementação das políticas neoliberais na China, principalmente facilitando a especulação financeira, devido à queda das exportações e da produção industrial no País, assim como o esgotamento das medidas implementadas a partir de 2009 com o objetivo de sustentar a economia em cima do consumo interno.

As resoluções do XVIII Congresso apresentaram a entrada numa etapa “mais realista”, onde o crescimento da economia deverá estar focado no desenvolvimento interno, na “redução das diferenças entre ricos e pobres”, sem os ricos perderem os privilégios, para o que será necessário aprofundar as reformas, combater a corrupção e desenvolver o poder militar, fundamentalmente a marinha.

As medidas buscam atrair os capitais especulativos que não encontram colocação, principalmente nos países centrais, para onde têm migrado em massa devido ao aumento da aversão ao risco provocado pelo aprofundamento da crise capitalista. A livre remessa de lucros para o exterior deverá ser muito favorecida.

O governo chinês tentou evitar as medidas devido ao receio de que a escalada da especulação pudesse desestabilizar o sistema financeiro ainda mais. Mas a paralisia da economia a partir do último trimestre de 2011, e com particular intensidade a partir do segundo trimestre do ano passado, assim como o crescimento das bolhas financeiras, praticamente, eliminaram as alternativas vinculadas às atividades produtivas.

O governo busca, de maneira desesperada, “encontrar um equilíbrio entre o papel do governo e o do mercado. Devemos seguir mais de perto as regras do mercado e desempenhar melhor o papel do governo.” Isto significa encontrar formas de manter em pé a economia e evitar a explosão das bolhas financeiras, principalmente a bolha imobiliária, que ameaçam levar à bancarrota os governos provinciais, cujos orçamentos passaram a depender em 40% da venda de terras públicas, foram as grandes construtoras e os bancos que financiaram os empreendimentos. Um dos motivadores da bolha imobiliária foi que os capitais especulativos que atuam no País se direcionaram para esse setor devido à falta de alternativas de investimentos especulativos no mercado financeiro.


Diário Liberdade é um projeto sem fins lucrativos, mas cuja atividade gera uns gastos fixos importantes em hosting, domínios, manutençom e programaçom. Com a tua ajuda, poderemos manter o projeto livre e fazê-lo crescer em conteúdos e funcionalidades.

Microdoaçom de 3 euro:

Doaçom de valor livre:

Última hora

Quem somos | Info legal | Publicidade | Copyleft © 2010 Diário Liberdade.

Contacto: info [arroba] diarioliberdade.org | Telf: (+34) 717714759

Desenhado por Eledian Technology

Aviso

Bem-vind@ ao Diário Liberdade!

Para poder votar os comentários, é necessário ter registro próprio no Diário Liberdade ou logar-se.

Clique em uma das opções abaixo.