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310113 rajoiEstado espanhol - Diário Liberdade - Após a evidência da imensa fortuna amassada pelo tesoureiro do PP durante anos, documentação filtrada por ele envolve a cúpula do PP e do governo espanhol no enriquecimento ilegal, incluído Mariano Rajoi. 


Luis Bárcenas, ex-tesoureriro do PP que evadiu 20 milhões de euros negros para a Suíça e depois branqueou metade graças à Lei de Anistia Fical aprovada pelo PP,  filtra paéis que mostram pagamentos de grandes quantidades de dinheiro negro a Rajoi, Cospedal e boa parte das cúpulas atual e anterior do Partido Popular espanhol.

A documentação, que publica o jornal El País, indica o pagamento de comissões ilegais também a anteriores dirigentes e membros de governos espanhóis da direita, como Álvarez-Cascos, Mayor Oreja e Ángel Acebes, representantes da ala dura da direita espanhola.

Os dirigentes do Partido Popular levam semanas negando terem cobrado as comissões ilegais e mesmo negando que houvesse qualquer branqueamento de dinheiro negro a partir da recente Anistia Fical aprovada pelo governo de Rajoi. Agora o próprio Bárcenas reconhece ter branqueado até 11 milhões graças a essa anistia e filtra papéis ao El País que mostram o pagamento de grandes quantidades de comissões mensais que, no caso do atual presidente Rajoi, totalizam 25 mil euros anuais desde 1997.

A publicação da documentação da contabilidade interna que geriam Bárcenas e o também ex-tesoureiro Álvaro Lapuerta entre o 1990 e o 2009 constitui uma bomba que faz crescer o icebergue da corrupção política no Estado espanhol, que os principais dirigentes e meios informativos vinham negando.

Os documentos mostram pagamentos periódicos, trimestrais ou semestrais, a toda a cúpula do Partido Popular, incluindo o atual presidente do governo espanhol, Mariano Rajoi, e a secretária geral atual do PP e presidenta da Comunidade de Castela-A Mancha, María Dolores de Cospedal.

Contabilidade secreta e dirigentes milionários

Esta contabilidade secreta se estrutura em três epígrafes: os contributos econômicos que alguns empresários faziam ao PP em conceito de "donativos", com data do pagamento, origem e quantidade paga; uma segunda epígrafe com a saída de dinheiro, de pagamentos, com data de saída, quantidade e destinatário. Finalmente, figura o saldo final dos movimentos de dinheiro.

Anualmente, uma parte do dinheiro recebido era depositado no Banco de Vitoria, absorvido em 2003 pelo Banesto. O resto do dinheiro nunca foi declarado, o que de se confirmar mostraria o financiamento irregular do partido governante no Estado espanhol. Isso ajudaria a entender a aprovação recente de uma Lei de Anistia Fiscal com os votos do próprio PP no Parlamento espanhol.

Entre os dirigentes e governantes que terão recebido comissões ilegais periódicas durante anos, destacam Rajoi e Cospedal pelo seu importante papel atual no aparelho estatal espanhol, mas também constam cobranças por parte de Rodrigo Rato e Jaime Mayor Oreja durante os anos em que foram vice-secretários do partido, bem como por parte dos anteriores secretários gerais: Francisco Álvarez-Cascos, Javier Arenas e Ángel Acebes.

Quanto a Mariano Rajoi, aparece nos apontamentos de Bárcenas desde 1997 até 2008, com pagamentos semestrals de 2.100.000 pesetas, ou trimestrais de pouco mais de um milhão de pesetas. E a partir de 2002 passavam a ser de 12.600 euros semestrais ou 6.300 trimestrais. Ao todo, terá cobrado ilegalmente 25.200 euros anuais durante todo esse período.

Rato cobrava 6.850 euros trimestrais, mas os pagamentos maiores iam parar a Javier Arenas e a Álvarez-Cascos, com 9.900 euros trimestrais. María Dolores de Cospedal cobrou duas vezes, dois trimestres, 7.500 euros por trimestre.

Financiamento ilegal privado e paralelo ao público

A contabilidade gerida por Bárcenas não tem a ver com os fundos recebidos pelo PP de parte do estado dentro do financiamento público dos partidos. Ao invés, mostra as doações privadas de empresários e companhias construtoras. É o caso de Luis do Rivero, que pagou 120.000 euros em 2004, quando era vice-presidente de Sacyr Vallehermoso, e 260.000 euros o 2006, quando já era presidente. Também há generosos contributos de Juan Miguel Villar Mir, presidente de OHL, com três depósitos, de 100.000, 180.000 e 250.000 euros nos anos 2004, 2006 e 2008. José Mayor Oreja, presidente de FCC Construcción e irmão do ex-ministro Mayor Oreja, pagou 90.000 e 75.000 euros em dois pagamentos no ano 2008. Mercadona aparece fazendo dois pagamentos, em 2004 e em 2008, de 90.000 e 150.000 euros. Segundo o El País, todos eles negaram, apesar do que diz a documentação, terem feito os pagamentos ao Partido Popular.

Entre os doadores, constam três acusados no caso Gürtel: Pablo Crespo, ex-número 2 da rede de corrupção, que pagou em maio de 1999 vinte e um milhões de pesetas; Alfonso García Pozuelo, proprietário da Construtora Hispánica, que fez seis pagamentos de entre 18.000 e 30.000 euros; e Juan Cotino, da empresa Sedesa, com um depósito de 200.000 euros no ano 2004.

Com informações de Vilaweb.


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