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281012 negociosChina - Esquerda - [Tomi Mori] Xi Jinping, o candidato mais forte, até este momento, para se tornar o novo presidente da China, é juridicamente pobre, mas a família amealhou uma fortuna avaliada em 376 milhões de dólares.


Xi Jinping, se todos analistas políticos não estão enganados, já deverá ter encomendado o fato novo para o dia 8 de novembro, data marcada pela direção do Partido Comunista Chinês para a renovação da liderança do país.

Xi Jinping é o candidato mais forte, até este momento, para se tornar o novo presidente da China, transformando-se no segundo homem mais poderoso do planeta, depois de Barack Obama.

O facto mais relevante na biografia política de Xi Jinping é que, mesmo tendo ascendido na hierarquia chinesa, continua juridicamente pobre. Mas, por outro lado, a sua família, segundo nos conta a Bloomberg no artigo “Xi Jinping Millionaire Relations Reveal Fortunes of Elite”, amealhou uma fortuna que, meses atrás, era avaliada em 376 milhões de dólares. É, sem duvida, um dos “comunistas” mais ricos da atualidade. Esse artigo, publicado em junho, provocou grande irritação em Pequim, com a Bloomberg a ser bloqueada na Internet como represália.

Não há como provar, e ninguém está interessado nisso, que a família de Xi Jinping formou essa fortuna na mesma proporção em que ele subia os degraus da hierarquia do Partido Comunista. Os negócios da família incluem o setor da mineração, de metais raros, investimentos imobiliários e de telecomunicações móveis. São, como os outros casos que envolvem a burocracia chinesa, como o recente escândalo financeiro envolvendo o primeiro-ministro Wen Jiabao, negócios obscuros, entrelaçados numa complexa rede de empresas e entidades, cujo objetivo é despistar o olhar dos curiosos.

Em 2004, ainda dizia aos quadros dirigentes chineses para não usarem o seu poder para ganhos pessoais. Mas parece que seguia a risca o velho ditado: “Faz o que eu digo, mas não faças o que eu faço.”

A parte menos relevante da sua biografia é que, nascido em Pequim, em 1953, é filho de Xi Zhongxun, fundador da guerrilha na província de Shanxi, durante a Revolução Chinesa, e que também foi vice primeiro-ministro. Graduado em engenharia química, Xi começou a sua carreira política na província de Fujian. Ascendendo na hierarquia, foi nomeado presidente do partido e governador da província de Zhejian. Posteriormente, subindo mais alguns degraus, foi nomeado chefe do partido em Xangai, uma das províncias mais importantes da China. Xi é vice-presidente da Comissão Militar Central, membro do poderoso Politburo, composto de 9 pessoas, do PCC e vice-presidente da China.

A subida de Xi Jinping ao cargo de maior peso na sociedade chinesa representará a vitória das dinastias familiares formadas por aqueles que dirigiram a Revolução Chinesa, em 1949 e que agora controlam o país. E representara também, que a elite corrupta da qual será o seu principal representante, continuará a dirigir a segunda economia mundial, até que seja tirada pela rebelião das massas, que não param de lutar naquele pais. Não há como acreditar que homens como ele possam trazer estabilidade política e económica num período como este que vivemos, tendo que administrar os interesses dos capitalistas e burocratas do partido ao mesmo tempo que são obrigados a manter a maior população do planeta na pobreza e miséria. E, se o fizer, só poderá ser com base numa repressão brutal às massas chinesas.


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