Nesta terça-feira, 26 de maio, o governo da China divulgou um plano de expansão militar no mar, em meio à tensão com países vizinhos e com os EUA em torno do Mar da China Meridional. O governo chinês reivindica o controle de toda a área, uma importante rota de navegação.
O governo da China denunciou que "países estrangeiros" estão interferindo na questão da disputa da região, referindo-se aos EUA. No final de semana, os dois países terão representantes em uma conferência de segurança em Shangri-La, aquecida pela divulgação dos planos da China.
No plano, os militares chineses declaram que "não vamos atacar a não ser que sejamos atacados, mas certamente contra-atacaremos se formos atacados". O governo chinês está construindo ilhas artificiais no Mar da China Meridional, para garantir o controle da região.
Para interferir na região, os EUA tem se aproximado dos países vizinhos da China que pretendem disputar as águas do Mar da China Meridional, como Vietnã e Filipinas. Os norte-americanos vêm lançando voos de vigilância próximos da área de conflito, aumentando as tensões.
O imperialismo norte-americano pretende conservar grandes bases militares no Japão e na Coréia do Sul, criará uma nova base no norte da Austrália e tem aumentado os acordos militares com vários países da região, como o Vietnã, as Filipinas e a Birmânia com o objetivo de reforçar o cordão de contenção do governo chinês.
Para a implementação dessas políticas, o imperialismo norte-americano tem incentivado os conflitos territoriais no Mar da China Meridional, pois o seu controle passou a ser um componente estratégico da geopolítica mundial. Nele há enormes reservas de petróleo e gás, por ele trafega um comércio anual de, aproximadamente, US$ 6,5 trilhões e nele conflitam os interesses dos imperialismos norte-americano e japonês, e dos governos da China, Taiwan, Coreia do Sul, Vietnã, Filipinas, Tailândia, Indonésia e Brunei.
A China tem um plano de garantir sua soberania no Mar da China Meridional, por isso rejeitou o chamado do secretario de Defesa dos EUA, John Kerry, por um "esfriamento voluntário" das ações na região. Os EUA se meteram nas disputas dos chineses com os outros países por essas águas, ricas em petróleo, para pressionar a China. É parte da política de Full Spectrum Dominance (Domínio de Espectro Total), por meio da qual os EUA buscam cercar e isolar os chineses, mesma política que repetem contra a Rússia e que levou aos recentes golpes na Tailândia e na Ucrânia.