A vice-presidenta, Soraya Sáenz, disse em coletiva de imprensa ao concluir a reunião semanal do Conselho de Ministros que a instalação continuará sendo compartilhada por militares estadunidenses e espanhóis.
As negociações para modificar o convênio bilateral de Defesa estará a cargo dos ministérios de Assuntos Exteriores e de Defesa, segundo explicou Sáenz.
Atualmente, os Estados Unidos utilizam a base mediante um acordo que vence em abril e o qual lhe permite mobilizar de forma temporária 850 militares ou até 1.100 durante substituições.
A decisão de hoje converterá a base aérea de Morón, 56 quilômetros ao sudeste da cidade de Sevilla, em sede permanente da força militar estadunidense para a África, possibilidade criticada por partidos políticos de oposição.
Segundo notas anteriores, a solicitação foi apresentada pelo secretário de Defesa, Chuck Hagel, em dezembro passado e depois da negociação a modificação ficará estabelecida em um Protocolo de Emenda ao convênio bilateral de 1988.
Em 2002, uma emenda permitiu a atividade dos serviços de inteligência estadunidenses e em 2012 outra autorizou a instalação na base de Rota, também em Andaluzia, de quatro destróieres do escudo antimísseis da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
A Força Especial Terra-Ar de Resposta de Crise do Corpo de Marinheiros instalou-se em Morón em 2013, com autorização por um ano, prorrogada em 2014 por mais 12 meses.
Naquela ocasião foi autorizada a elevação do número de soldados estadunidenses, de 500 para 850, podendo chegar a 1.100 durante as substituições, e também foi aumentado de seis para 12 a quantidade de aviões de decolagem vertical MV-22 Osprey destinados a essa instalação.