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EUA declaram fim da guerra no IraqueIraque - O Diário - [Peter Van Buren] De cada vez que os EUA invocam uma razão para intervir militarmente no Iraque, a história que contam cheira a esturro primeiro, e depois verifica-se ser mentira. Corresponderá à primeira fase a dramática história do povo Yézidi refugiado na montanha para não ser massacrado?


Será possível que nos estejam a vender uma história emocionalmente convincente a fim de justificar uma intervenção militar dos EUA no Iraque?
Ninguém quer ver sofrer seja quem, sejam Yézidis ou quaisquer outros. O que queremos é saber a verdade acerca do que se passa no Iraque, numa altura em que Obama prossegue os ataques aéreos e se prepara para enviar mais 130 soldados estado-unidenses.

Representantes dos Estados Unidos declararam acreditar que a presença de um certo efectivo no terreno seria necessária para assegurar a passagem dos membros do grupo de Yézidis que se encontram bloqueados. Os militares preparam os planos que serão submetidos à aprovação do Presidente Obama e que poderiam incluir o envio de tropas para o terreno.

Aqui chegados, podemos de alguma forma colocar algumas interrogações.

Muito antes dos ataques aéreos estado-unidenses, o indefeso povo Yézidi subiu a esta montanha para aí procurar refúgio contra os ataques do ISIS que queria, ao que nos dizem, massacrá-lo. Porque não terá ISIS simplesmente subido também lá acima para os massacrar? Sabemos que ISIS possui morteiros e uma autêntica artilharia, uma vez que os EUA se viram posteriormente na necessidade de os bombardear. Porque é que então o ISIS não utilizou essas armas para massacrar à distância os Yézidis?

Mais ainda: após um ou dois ataques aéreos o ISIS tornou-se tão fácil de bater militarmente que os Curdos possibilitaram que 24.000 Yézidis abandonassem a montanha a pé, caminhassem até à Síria e fizessem depois meia-volta para reentrar com toda a segurança no Iraque. Isto leva a que nos interroguemos se a montanha se encontrava na verdade seriamente cercada por combatentes do ISIS cheios de determinação. É necessário muito tempo para 24.000 pessoas fazerem seja o que for, e ter-lhes-ia sido necessário deslocar-se num longo trajecto, ao longo do qual estariam vulneráveis perante o ISIS. Como é que o ISIS passou de uma ameaça de tal envergadura que era necessário utilizar a força aérea contra ela a uma tropa que os Curdos simplesmente arredaram do caminho, eles que habitualmente eram em todo o lado incapazes de fazer frente ao ISIS?

Depois disto, e de mais novos ataques aéreos, porque é que continua ainda a haver gente nessa montanha, sem água nem comida? Como é que 24.000 pessoas conseguiram fugir, mas que não tenham fugido todas? Os ataques aéreos prosseguem e os mesmos Curdos que abriram o caminho ainda ali se encontram.

O governo iraquiano afirma que ISIS matou pelo menos 500 Yézidis, que enterrou vivos alguns deles, e que capturou centenas de mulheres para fazer delas escravas. O governo iraquiano afirmou que «centenas de vítimas, entre as quais mulheres e crianças, foram enterradas vivas em valas comuns dispersas em Sinjar e nos seus arredores». Isto foi referido pelos media ocidentais, um dos quais foi suficientemente escrupuloso para acrescentar que «não estava disponível qualquer confirmação de fonte independente». Valas comuns recentes, numa zona desértica, não deve ser coisa que passe despercebida. Não seria esta uma informação que poderia ser confirmada, em vez de ser simplesmente reproduzida? Que esforços foram feitos para a verificar?

Se cada lugar num helicóptero permite salvar a vida de uma criança Yézidi, evacuando-a, porque estão então os lugares ocupados pelas equipas dos repórteres de imagem da CNN e por outros jornalistas? Quais são as verdadeiras prioridades assumidas?

Que deve pensar-se de um grupo que os EUA durante muito tempo designaram como organização terrorista e que desempenha um papel activo no salvamento dos Yézidis, sob a cobertura aérea dos EUA? Não deveriam os Estados Unidos bombardear as organizações terroristas conhecidas em vez de trabalhar em conjunto com elas? Não constitui o objectivo da guerra contra o terrorismo matar os terroristas onde quer que eles se encontrem?
Talvez existam respostas convincentes para estas interrogações; seja como for, será possível que nos estejam de novo a vender uma história edificante a fim de justificar uma intervenção militar estado-unidense no Iraque? Será que a montanha onde se encontram os Yézidis apresenta uma encosta demasiado escorregadia para os americanos?

Constituirá ela, de novo, uma arma de destruição massiva?

Fonte: http://www.brussellstribunal.org/article_view.asp?id=1767#.VAXhF8V_s1h


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