Trata-se de uma resposta oficial à reconciliação entre os partidos políticos Hamas, de orientação islâmica, que governa a Faixa de Gaza, e Fatah, que está à frente da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) no governo da Cisjordânia.
No início da semana já fora anunciado o cancelamento, por parte do governo israelense, de uma reunião marcada para a terça-feira (23), entre a sua delegação diplomática e a da Autoridade Palestina. O encontro previa a retomada das negociações, que tem como prazo final o dia 29 de abril.
A decisão sobre a suspensão definitiva das negociações (mesmo após a Autoridade Palestina divulgar suas condições para a extensão das conversações e demonstrar disposição para renovar o processo de diálogos com Israel) foi unânime, segundo um comunicado emitido pelo escritório do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
De acordo com informações do Jerusalem Post, ao ser questionado sobre o conteúdo dos relatórios que resultaram em tal decisão, o porta-voz do governo de Netanyahu se recusou a comentar o assunto.
Reconciliação
Os dois partidos palestinos romperam relações há sete anos, quando diversas facções políticas travaram confrontos, após as eleições de 2006. O rompimento foi intensificado pelo bloqueio militar que Israel impôs à Faixa de Gaza.
Nesse período, houve diversas tentativas frustradas de conciliação, culminando com o último acordo, que prevê a formação de um governo de unidade nacional nas próximas cinco semanas e a realização de eleições nacionais seis meses depois.