Em uma sessão da Assembleia Geral dedicada ao Dia Internacional de Solidariedade com a Palestina, que será celebrado na próxima sexta-feira (29 de Novembro), o presidente do comitê, criado em 1975, Abdou Salam Diallo, informou que o mecanismo procura conjugar os esforços em defesa da causa desse povo, que por várias décadas tem sido vítima da ocupação e da repressão por parte de Israel.

"Trata-se de coordenar melhor os trabalhos da nossa entidade e das organizações não governamentais", sublinhou, no marco da jornada que, em 1977, a Assembleia ordenou observar anualmente a cada 29 de novembro, porque nesse dia do ano de 1947 foi aprovado no seio da Assembleia a partilha da Palestina.

Em sua intervenção, Diallo instou os diferentes órgãos da ONU a apoiar o estabelecimento de "um Estado palestino livre, independente e próspero, convivendo em paz com Israel".

"Já é hora de as crianças palestinas deixaram de serem perseguidas e respirarem o ar livre da liberdade, em lugar dos odores asfixiantes dos gases lacrimogêneos", afirmou.

O representante lembrou que no dia 29 de novembro de 2012 aconteceu um evento histórico, quando a Assembleia Geral aprovou o status de Estado Observador não Membro da Palestina na ONU. "Naquele dia teve início a correção de uma anomalia e a satisfação dos pedidos da comunidade internacional, embora com 66 anos de atraso após a Assembleia aprovar a existência de um Estado palestino independente", disse.

Diallo assinalou que o que resta agora é o estabelecimento de um Estado plenamente soberano e membro da família das Nações Unidas, categoria à qual os Estados Unidos se opõem, sob a ameaça de utilizar seu poder de veto no Conselho de Segurança.

O presidente do Comitê da ONU para o exercício dos direitos inalienáveis da Palestina adiantou que durante o dia solicitará que 2014 seja declarado "Ano Internacional de Solidariedade" com o povo árabe, pela plenária dos 193 países membros do organismo mundial.