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Foto - COS - Esquerda IndependentistaPaísos Cataláns - Diário Liberdade - Mais um ano  celebrou-se no País Valenciano o 9 de Outubro, data emblemática da formação do Reino de Valência como entidade política o 1.238 com a entrada das tropas catalãs à cidade de Valência.


Foto do COS - Manifestação da Esquerda Independentista ontem em Valência

Destacaram os atos centrais na cidade de Valência, onde a Esquerda Independentista e a Plataforma pelo Direito a Decidir de uma, e a Comissão 9 de Outubro por outra, sairam à rua para manifestar a sua vontade de "dignificar o País Valenciano".

Na capital valenciana, milhares de pessoas juntaram-se na tarde de ontem às reivindicações, em forte contraste com os atos institucionais de tipo folclórico promovidos pelo governo autónomo de corte espanholista. A celebração deste ano teve, como outras vezes, caráter bipolar, com festas populares, mobilizações e reconhecimentos como o anual prémio Miquel Grau (que lembra um militante comunista assassinado em Alacante em 1979) enfrente a corridas de 'Mouros e Cristãos', críticas ao processo de libertação nacional catalão e, enfim, a longa coleção de "propostas" da ultradireita espanholista governante em Valência.

As mobilizações na segunda maior cidade dos países catalãos foram numerosas e acompanhadas por milhares de pessoas, num ambiente que várias organizações progressistas condizeram em classificar de mudança social.

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Convocação da Esquerda Independentista

Como todos os anos as organizações da Esquerda Independentista formadas por Arran, Endavant-OSAN, a COS, Alerta Solidària, o MDT, o SEPC e a CUP convocaram bloco próprio [na fotografia] para ir à manifestação reivindicativa que percorreu algumas das principais ruas da cidade de Valência.

O lema elegido pelo bloco independentista foi "Independência para mudar todo", que coincide com o lema utilizado para a campanha que estão a realizar várias organizações independentistes por todos os lados do país. Este mesmo lema também foi utilizado pelas organizações que assinaram o comunicado pela Festa do Nove de Outubro. Neste comunicado fez-se patente a denúncia da crise capitalista, já que se afirma que "os índices de pobreza que já ultrapassam um quarto da nossa população", e também se denuncia a situação com respeito a o desemprego, especialmente entre as pessas jovens, as privatizações e a perda de direitos trabalhistas.

No âmbito nacional, as organizações independentistas assinantes mostraram a sua preocupação pela posta em funcionamento de um processo para a independência que "se impôs limites autonómicos", em referência a que o processo afecta só o Principado da Catalunha. Para concluir o comunicado, faz-se referência à "autoorganização popular" para poder "enfrentar com garantias e com contundência às medidas económicas antipopulares e aos seus responsáveis".

Do seu lado, o Moviment de Defesa de la Terra (MDT) decidiu ir com o bloco da Esquerda Independentista apesar de não assinar o manifesto, já que elaborou um comunicado próprio sob o título "Pelo Direito a Decidir: Independência". Neste comunicado a organização independentista fez referência às políticas do PP que no País Valenciano levaram 800.000 pessoas ao desemprego, bem como uma agudização da precariedade trabalhista, assim como o esbanjamento do dinheiro público, destinado a pagar a dívida contraída com os bancos. O comunicado do MDT continuou com a denúncia dos ataques à língua e o impedimento a milhares de meninos e meninas que querem estudar em catalão ao País Valenciano e não podem fazer pelos impedimentos que coloca a o governo autónomo valenciano.

No plano nacional, a organização independentista vê o processo em andamento no Principado da Catalunha como "um referente ilussionante para todos os territórios dos Países Catalãos", e que "o estourido de solidariedade popular com a greve das Ilhas Baleares é todo um exemplo que há que seguir." Com respeito ao País Valenciano, a organização valoriza que "se fai um caminho que, adaptado à nossa realidade, representa uma mudança radical. Passámos de limitar-nos a resistir culturalmente e socialmente a questionar-nos as possíveis alternativas políticas".

Finalmente, o MDT afirma que há que "socializar o Direito a Decidir mediante a Plataforma pelo Direito a Decidir do País Valenciano" e o desenvolvimento da Unidade Popular como eixes fundamentais para poder "analisar todas as lutas parciais num processo que qüestione as políticas neoliberals e neoconservadoras e que dê alternativas reais".

A Plataforma pelo Direito a Decidir também se manifestou

Este ano e pela primeira vez manifestou-se também a Plataforma pelo Direito a Decidir do País Valenciano, de recente criação e que agrupa numerosas personalidade do mundo da cultura, a universidade, a política, a associacionismo e de outras, da sociedade Valenciana. Pessoas que vêem do espectro ideológico mais diverso, dado que a Plataforma aglutina desde militantes da Esquerda Independentista até membros de Compromís ou Esquerda Unida.

Comissão Nove de Outubro

Segundo a Comissão, integrada por Acção Cultural do País Valenciano (ACPV), Escola Valenciana, a Sociedade Coral El Micalet, o Bloc d'Estudantes Agermanats (BEA), CCOO-PV, UGT-PV, Intersindical Valenciana, Compromís, EUPV, ERPV, Os Verdes do País Valenciano, SE e PSAN manifestou que "o 9 de outubro deste ano pode representar o ponto de inflexão no que a perda de legitimidade social da Governação Valênciana tenha a alternativa de uma maioria social emergente".

O lema da convocação deste ano foi "O País Valenciano é dignidade". A Comissão redigiu um manifesto que exprimiu o acordo fundamentado em 5 pontos programáticos:

1.- A reivindicação da plena legalidade da denominação País Valenciano e a denúncia da manutenção de tics franquistas da parte de representantes do PP, que se exprimem tanto na pretensão de censurar uma denominação que tem uma história e uma legitimidade democrática indiscutível, como na impunidade com que militantes seus exibem símbolos franquistas.

2.- A língua e a cultura como ferramentas de coesão social e elementos vertebrais de um projeto de progresso. Nesse sentido, a Comissão afirma a sua vontade de defender os direitos dos Valencianos na sua própria língua, em frente à persistência de casos de Valenciano-fobia, particularmente por membros das Forças de Segurança do Estado espanhol [que atualmente administra o território].

3.- A necessidade de um financiamento justo e a exigência ao presidente autónomo Fabra para que deixe de ajoelhar-se diante de Madri e defenda os interesses dos Valencianos. Esta é uma reivindicação unánime na sociedade Valenciana, que a Governação Valenciana não pode continuar ignorando.

4.- O respeito ao território como elemento chave de um projecto de sociedade com futuro, contrariamente ao modelo de destruição ambiental impulsionado pela Governação Valênciana, que significa uma grave hipoteca.

5.- A exigência de políticas favoráveis à economia produtiva, o bem-estar social e a recuperação do trabalho. A Comissão responsabiliza as Governações espanhola e Valenciano do agavemento da crise: as medidas que impulsionaram multiplicaram a destruição do emprego, criaram um profundo mal-estar social e dificultarão e atrasarão a saída da crise.

A Comissão considera que esses 5 pontos são compartilhados por uma larga maioria social e, nesse sentido, pede ao presidente Fabra dignidade no exercício do seu cargo, dignidade que significa deixar de baixar a cabeça diante de Madri para poder recuperar o orgulho de ser Valencianos.

Finalmente, a Comissão fez um apelo a participar desse processo de mudança social e político que se iniciou no País Valenciano.

Com informações de Llibertat e outros.


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