Os ataques de hoje se seguem a vários dias de violações por tanques do exército de Tel Aviv dos limites entre a faixa, na qual governa a organização islâmica Hamas, e o território israelense.
Outro bombardeio com foguetes ar-terra de fabricação norte-americana registrou-se próximo à cidade de Rafah, limítrofe com a península do Sinai, território egípcio, e também não reportaram-se vítimas humanas.
Esta é a segunda ocasião neste mês que a aviação israelense ataca zonas civis em Gaza as mais graves violações da trégua negociada em novembro passado entre representantes palestinos e israelenses por intermediário do Governo de Egito para cessar semanas de bombardeios em massa contra Gaza nos quais morreram mais de 180 pessoas, a metade mulheres e crianças, e mais de duas mil ficaram feridas.
Uma porta-voz militar israelense emitiu uma comunicação através da radioemissora do Exército confirmando o bombardeio sem alegar razões ou objetivos.
O incremento da tensão em Gaza faz temer por um reinicio dos ataques contra zonas civis que em novembro passado incitaram duras críticas de governos da região e da Liga Árabe ante a complacência dos Estados Unidos e seus aliados atlânticos com as agressões da poderosa maquinaria castrense israelense contra zonas palestinas.
O reinício dos ataques segue a declarações ontem do presidente palestino, Mahmoud Abbas, nas quais anunciou o início de consultas para formar um governo de unidade nacional, passo prévio à convocação de eleições municipais, legislativos e presidenciais, inseridos nos gerenciamentos de reconciliação entre Hamas e Al Fatah, as duas principais entidades da resistência nacionalista.