Os manifestantes saíram às ruas neste domingo (7) no distrito de Shigal, na província de Kunar, e gritaram palavras de ordem contra as forças estrangeiras, situadas no Afeganistão.
Com essa marcha, a população afegã mostrou a sua repulsa contra o ataque e voltou a rechaçar a presença de tropas da aliança atlântica no país.
O ataque provocou também a indignação do presidente Hamid Karzai, que criticou de novo qualquer operação que ponha em risco a vida de civis.
O presidente condena o uso de civis como escudo e “opõe-se a operações que causem a morte de civis”, assinalou um comunicado da Presidência afegã, que também informa que uma delegação será enviada ao local para abrir uma investigação.
Funcionários locais informaram que o atentado foi realizado com o objetivo de apoiar uma operação militar terrestre contra os insurgentes do Talibã na região.
No passado 4 de abril quatro policiais afegãos e dois civis perderam a vida em outro ataque aéreo lançado pelas forças estadunidenses na província oriental de Ghanzi.
Os Estados Unidos e seus aliados da Otan invadiram o Afeganistão em 2001 com o pretexto de restaurar a paz; a instabilidade, entretanto, tem se mantido no Afeganistão, e os civis se converteram em alvos das forças estrangeiras, sujeitos ou não à condição de “escudos” humanos, como alegam as forças da Otan para justificar as mortes civis.
O presidente afegão ordenou, em meados de fevereiro, que as forças militares afegãs abstenham-se de pedir apoio aéreo às forças estrangeiras para realizar as suas operações, depois da morte de 10 civis em um bombardeio a zonas civis na mesma província.
Com HispanTV,
da Redação do Vermelho