Freddie Quell é um marinheiro que, após o término da Segunda Guerra Mundial, assume uma série de bicos para tentar reconstruir a vida, mas é impedido por seus ataques de ansiedade, violência e impulsos sexuais, todos extremamente gratuitos. Primeiro, tenta atuar como fotógrafo numa agência de casamentos, até que tenta enforcar um dos clientes. Depois, começa a criar algumas poções, que atraem justamente o médico Lancaster Dodd, líder de uma espécie de seita religiosa que leva o nome de seu best-seller A Causa. A partir daí, temos a construção de uma versão de uma das histórias mais manjadas do cinema, a do médico e o monstro, em que um torna-se completamente dependente do outro. Freddie, então, parte em busca da reconstrução de sua personalidade e tenta recuperar o amor de sua vida, uma garotinha menor de idade.
Com 42 anos, o cineasta norte-americano Paul Thomas Anderson é um dos queridinhos de parte da crítica cinematográfica e dos votantes dos prêmios internacionais. Afinal, como poucos, ele realiza um cinema em que imprime plenamente suas marcas autorais. Não é à toa que já foi indicado ao Oscar de melhor roteiro original por Boogie Nights (1997) e Magnólia (1999); e de melhor roteiro adaptado e direção por Sangue Negro (2007). Mas desta vez o diretor de videoclipes de artistas como Fiona Apple parece ter errado um pouco na mão e não ter evitado que o filme se tornasse um pouco arrastado, confuso e cansativo.