Ademais, chamam a atenção para temas de gravidade e relevância como os impactos dessa contaminação sobre a biodiversidade agrícola, as possibilidades de enfrentar a mudança climática e a soberania alimentar a nível global.
De acordo com a carta aberta, no mês de setembro de 2012, três empresas transnacionais – Monsanto, DuPonty e Dow – solicitaram a liberação comercial do cultivo do milho transgênico por um total de quase 2,5 milhões de hectares em dois estados do México.
"Muitas organizações de camponeses, sociedade civil e também cientistas, acreditamos que essa liberação poderia ser aprovada em breve, já que as empresas anunciaram que plantarão milho transgênico a nível comercial na estação de cultivo dezembro-janeiro 2012/2013 e o governo do México ignorou as vozes críticas independentes das empresas", explicam as instituições na carta.
O documento expressa que a superfície solicitada nessa ocasião é de tal envergadura que levará, sem dúvida, a uma extensa contaminação transgênica das variedades camponesas. "Seria a primeira liberação massiva e de escala comercial de cultivos transgênicos que afetará diretamente um cultivo alimentício global em seu centro de origem e diversidade", salienta.