A conclusão de Bayoumi se baseia numa nova porção de revelações apresentadas pelo ex-oficial de inteligência dos EUA, Edward Snowden, que havia recebido um asilo temporário na Rússia. Essas revelações são relatadas no The Intercept, uma nova edição online, pelo famoso jornalista Glenn Greenwald. Ele e o seu colega Murtaza Hussain apresentaram os documentos comprovativos de que a NSA e o FBI tinham grampeado ao longo de muitos anos os e-mails de cinco norte-americanos renomados: um veterano da Marinha, um respeitável advogado, um ativista de direitos humanos e dois professores.
"Além do fato de todos os cinco serem norte-americanos, o que é comum que os une?", faz um pergunta retórica Bayoumi. "O único críterio comum para todas essas personalidades são os nomes que soam à maneira muçulmana", responde o professor, citando um outro documento revelado por Snowden: instruções para o pessoal de inteligência para preencher documentos oficiais sobre resultados da observação. Na coluna que especifica o objetivo da vigilância só basta escrever, por exemplo, "Mohammed Raghead". Ou seja, apenas o nome – Mohammed – é uma justificação suficiente para espionar uma pessoa.